Política

Ato dia 26: movimentos pró-Bolsonaro ampliam motes para afastar radicalismo

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O MBL diz ter encontrado indícios de que a convocação inicial, com motes de derrubada das instituições, partiram de simpatizantes do núcleo duro bolsonarista  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 21/05/2019, às 06h21   Redação BNews


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Com movimentos de direita rachados, grupos que organizam as manifestações de domingo (26) adaptaram o discurso para excluir motes radicais e tentar ampliar a adesão de apoiadores do governo Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a Folha, o foco se fecha no centrão, que será apontado como responsável por paralisar o governo. As bandeiras anunciadas pelos mobilizadores se desdobraram tanto nas últimas horas que resultaram em um bloco difuso.

As convocações falam também em demonstrar apoio à reforma da Previdência e ao pacote anticrime do ministro Sergio Moro, pedir a continuidade da Operação Lava Jato e defender a obrigação do voto nominal como estratégia para constranger parlamentares em projetos polêmicos. Outra causa que move os manifestantes é a aprovação da medida provisória 870, que enxuga a estrutura do governo. Na linha de frente da mobilização estão grupos como Nas Ruas, Ativistas Independentes, Direita São Paulo e Patriotas Lobo Brasil. O Clube Militar também se engajou na causa, em nome das "reformas necessárias à governabilidade".

Movimentos com estrutura mais robusta, como MBL (Movimento Brasil Livre) e VPR (Vem pra Rua), que atuaram como indutores dos protestos pela queda de Dilma Rousseff (PT), evitaram aderir à iniciativa. A principal justificativa para pularem fora foi a de existir radicalismo nas propostas contra Legislativo e STF.

O MBL jogou a bomba no colo de Bolsonaro porque diz ter encontrado em monitoramentos indícios de que a convocação inicial, com motes de derrubada das instituições, partiram de simpatizantes do núcleo duro bolsonarista.

Na sexta-feira (17), o grupo divulgou nota criticando o que chamou de "estranha manifestação" que acabaria por prejudicar a já estremecida relação com o Parlamento e, consequentemente, dificultar a aprovação das reformas. O Vem pra Rua chegou a ser procurado para se envolver na convocação de domingo, mas se retirou quando notou "o absurdo que eram as pautas", segundo Adelaide Oliveira, coordenadora nacional. Embora parte das bandeiras de agora seja empunhada também pelo VPR, o grupo decidiu ficar fora porque, segundo Adelaide, o protesto "virou um ato claramente pró-Bolsonaro". E a entidade, explica ela, "é suprapartidária, não defende políticos ou pessoas, mas ideias e projetos".

OS PROTESTOS CONVOCADOS PARA DOMINGO (26)
Pautas oficiais

Defesa da reforma da Previdência
Defesa do pacote anticrime de Moro
Apoio à Lava Jato
Votação nominal na MP da reforma administrativa
Defesa de medidas de Bolsonaro, como contingenciamento de gastos e decreto de armas
Quem vai participar

Clube Militar
Ativistas Independentes
Movimento Avança Brasil
Direita São Paulo
Patriotas Lobos Brasil
Outros grupos de direita

Classificação Indicativa: Livre

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