Política

Câmara de Salvador entra na polêmica da "Escola Sem Partido" do governo Bolsonaro

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Audiência Pública discute consequências dos projetos do governo federal  |   Bnews - Divulgação Arquivo

Publicado em 07/06/2019, às 20h28   Henrique Brinco



Uma audiência pública na Câmara Municipal de Salvador promete dar o que falar. A sessão irá discutir o desarquivamento, no início deste ano, do projeto Escola Sem Partido na Câmara dos Deputados, em Brasília, e suas consequências para a educação pública no Brasil.  Também está no tema da discussão a proposta de Educação Domiciliar, em voga no Congresso Federal.  

Organizada pela Frente Baiana Escola Sem Mordaça, que completou 2 anos no dia 10 de abril deste ano, em parceria com a vereadora Marta Rodrigues, líder do PT, a audiência pública vai reunir representantes da sociedade civil, estudantes, sindicatos e professores de universidades. A Audiência acontecerá no Centro de Cultura da Câmara, às 8h30, e será transmitida ao vivo pela TV Câmara de Salvador, pelo canal 61.4. 

Para a Frente Baiana Escola Sem Mordaça, a retomada do projeto este ano, pela deputada federal Bia Kicis (PSL – mesmo partido de Bolsonaro), "ocorre  de maneira ainda mais nociva e vai na contramão da educação de qualidade" A nova proposta apresentada por ela, de número 246, autoriza aos estudantes a gravação das aulas e proíbe os grêmios estudantis de exercerem atividades político-partidárias.  O projeto havia sido arquivado no final de 2018 após pressão dos movimentos estudantis, de professores, setores da sociedade civil e de parlamentares comprometidos com a educação crítica e libertadora. 

Em nota, Marta Rodrigues alega que o Escola Sem Partido surgiu em 2014 como um movimento conservador para atender a elite brasileira. “É um projeto que surge nitidamente para impedir o pensamento crítico, impedir que os estudantes questionem e se envolvam politicamente e não exerçam a cidadania, proibindo a liberdade de expressão, criminalizando a atividade dos professores e colocando em xeque a qualidade do ensino”, diz ela. 

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