Líder do governo na Câmara abriu mão de orientar base em 31% das votações

O governo Bolsonaro abriu mão de orientar o voto de seus aliados na Câmara em 31% das votações realizadas nos primeiros cinco meses do atual mandato presidencial. Essa foi a conclusão do levantamento realizado pelo jornal Estado de São Paulo através do Basômetro - ferramenta desenvolvida pela publicação para acompanhar as votações realizadas pela Casa.

Ou seja: uma em cada três propostas em tramitação não era de interesse do Palácio do Planalto ou o Líder do Governo, o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL), preferiu não se manifestar. Quando um projeto é submetido ao plenário, o líder do governo - deputado que representa os interesses do Executivo – costuma orientar sua base sobre como votar. Em situações excepcionais, o líder deixa seus correligionários livres para votar como preferir.

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Ainda assim, o jornal concluiu que Bolsonaro teve 76% de apoio desde que tomou posse – resultado que não destoa do cenário verificados nos inícios de gestão dos últimos 16 anos. O levantamento levou em consideração a proporção em que os deputados votaram de forma igual ou diferente da orientação dada pelo líder do governo. A pesquisa não considerou os casos em que a votação livre foi liberada. 

A ferramenta do Estadão também verificou que o presidente do partido do presidente, o deputado Luciano Bivar, só compareceu a 11% das votações nas quais o governo orientou sua base a aprovar algum projeto na Câmara. Desta forma, Bivar só esteve presente em oito situações em que a base foi orientada - de um total de 71. Atualmente, o parlamentar é o sexto que mais deixou de comparecer às votações.