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Moro se pronuncia sobre novos diálogos: "Sensacionalismo"

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Segundo site, a Operação Lava Jato "fingiu" investigar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apenas para criar percepção pública de "imparcialidade".   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 18/06/2019, às 20h06   Henrique Brinco


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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, se pronunciou por meio de nota sobre os novos diálogos divulgados pelo site "The Intercept Brasil". Segundo a publicação, a Operação Lava Jato "fingiu" investigar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apenas para criar percepção pública de "imparcialidade". 

Um trecho do chat privado entre  Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o então magistrado discordou de investigações sobre FHC na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. 

Na nota, o ministro declara que "não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido editadas e manipuladas e que teriam sido transmitidas há dois ou três anos". "Nunca houve interferência no suposto caso envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi remetido diretamente pelo Supremo Tribunal Federal a outro Juízo, tendo este reconhecido a prescrição", declara.

Moro afirma ainda que a "atuação como juiz federal sempre se pautou pela aplicação correta da lei a casos de corrupção e lavagem de dinheiro". "As conclusões da matéria veiculada pelo site Intercept sequer são autorizadas pelo próprio texto das supostas mensagens, sendo mero sensacionalismo", finaliza a nota.

O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem a respeito de suspeitas contra o tucano. Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. 

O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”.

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