Política

Geddel pode abrir mão de candidatura em 2014

Imagem Geddel pode abrir mão de candidatura em 2014
Ex-ministro admite que, em nome da aglutinação, pode declinar do sonho antigo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/11/2011, às 06h47   Luiz Fernando Lima



Nesta segunda-feira (21), o vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima (PMDB) admitiu pela primeira vez que pode abrir mão da candidatura em 2014 em nome de uma costura política das oposições. “Eu quero ser candidato, estou preparado para ser candidato, mas quem tem ideia fixa é doido, Para ser candidato é preciso ter um arco de apoio importante”, afirmou.

A declaração foi dada à jornalista durante o evento que lançou a pré-candidatura do deputado estadual Luizinho Sobral (PTN) para prefeitura de Irecê. O parlamentar conseguiu aglutinar os principais partidos de oposição para disputar o comando da cidade, que atualmente é administrada pelo petista Zé das Virgens.

Geddel usou a costura envolvendo Sobral como exemplo do que pode acontecer em 2014, mas salientou que pretende disputar. “Se o meu nome for aquele que aglutine as forças políticas capazes de fazer uma disputa é claro que eu quero ser. Me considero preparado, maduro para ser. Agora, se não for o meu nome é evidente que estou aberto a conversar com alternativas que pensem como eu, que estejam dispostas a agir neste sentido”.

Questionado sobre a possibilidade do DEM ser este parceiro e corresponder a esta expectativa, Geddel se limitou a dizer que não sabia. “Eu tenho que falar sobre o PMDB. Esta é a postura do PMDB e espero que esta seja a postura daqueles que querem construir um projeto de combate à hegemonia”, ressalta.

Blog

O vice-presidente de assuntos jurídicos da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima (PMDB), segue utilizando o seu blog pessoal para criticar o governo de Jaques Wagner. Derrotado no pleito de 2010, o ex-ministro tem se dedicado a escrever e postar matérias que analisam o quadro político-administrativo do estado.

Em seu blog, nesta segunda, o ex-ministro publicou uma matéria falando sobre os problemas do governo baiano na área de segurança pública. Segundo o levantamento da equipe de Geddel, 13 pessoas são assassinadas diariamente na Bahia. O texto segue com outros dados e opiniões.

Confira:

Policiais têm dificuldades para enfrentar bandidos e solucionar crimes no estado

Não é novidade para ninguém que a segurança pública na Bahia vai de mal a pior. Aqui, 13 pessoas são assassinadas por dia e a cada uma hora um carro é roubado. Coincidência ou não, a Bahia se tornou o 8º estado mais violento do país e o número de homicídios cresceu 50,7% desde que o atual governador assumiu seu mandato.

Para completar esse triste repertório, o jornal O Globo publicou uma matéria mostrando que a polícia baiana é uma das mais ineficientes do país. Segundo a reportagem, a polícia só conseguiu solucionar 4,6% dos homicídios que aconteceram no primeiro semestre de 2010. Enquanto outros estados apertam o cerco contra a criminalidade, o governo da Bahia, com a vagareza que lhe é peculiar, deixa os bandidos bem à vontade.

Um bom governo deve estabelecer prioridades e trabalhar com firmeza para amenizar os dramas que afligem as pessoas, como é o caso da insegurança. Mas, na atual gestão, as unidades de polícia foram esquecidas e estão funcionando em condições precárias, a exemplo da Polícia Militar, que tem efetivo defasado em 17 mil homens.

Aliado a isso, está a baixa remuneração salarial e uma bonificação vergonhosa de R$ 50 para cada arma que os policiais apreenderem. Ou seja, numa guarnição de quatro militares, cada um vai receber R$ 12,50.

Em vez de capacitar nossos policiais e oferecer salários mais dignos, o governador da Bahia prefere gastar mundos e fundos com o espetáculo das propagandas, como fez nas instalações das duas únicas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em bairros de Salvador neste ano. Mesmo assim, o governo ainda anuncia com toda pompa que criará 12 novas UPPs em 2012.

Sinceramente, torço para que essas bases comunitárias de segurança funcionem de verdade e ajudem a combater a violência e o tráfico de drogas nas áreas mais críticas da cidade, afinal, essa também era uma das minhas propostas de campanha. Porém, as demais regiões do estado também carecem de policiamento ostensivo de qualidade e enfrentamento mais rigoroso à bandidagem.

Talvez o governador da Bahia ainda não aprendeu que a segurança das pessoas é uma questão fundamental e que os baianos têm pressa em ver uma terra mais desenvolvida e segura para viver.


Foto: Gilberto Júnior // Bocão News

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