Política

Ministro do Meio Ambiente diz que Amazônia não pertence à humanidade; "bobagem"

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Durante a conversa, Salles também respondeu às críticas do presidente da França, Emmanuel Macron  |   Bnews - Divulgação Lula Marques/Divulgação

Publicado em 24/08/2019, às 12h03   Redação BNews


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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, enfatizou, durante entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, publicada neste sábado (24), que a Amazônia não pertence à humanidade. "Ela é um patrimônio brasileiro. Essa história de que pertence à humanidade é uma bobagem. Nós temos soberania sobre a Amazônia", disse.

Durante a conversa, Salles respondeu às críticas do presidente da França, Emmanuel Macron, que chamou as queimadas que estão ocorrendo na Amazônia de "crise internacional". "O presidente Macron está querendo tirar dividendos políticos da situação sobretudo no momento em que suas próprias políticas ambientais não estão sendo bem-sucedidas, em especial no que se refere ao não cumprimento das metas de redução das emissões de carbono previstas no Acordo de Paris", afirmou.

Na avaliação do ministro, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) são utilizados de forma equivocada. "O que aconteceu foi que um grupo de pessoas de fora do Inpe pegou os dados do Deter e fez uma interpretação que deu um percentual de 88% de aumento no desmatamento em relação ao ano anterior, o que é totalmente incorreto. [...] O Deter existe para municiar o Ibama com informações para fiscalização, mas quem estava recebendo as informações de desmatamento antes do próprio Ibama eram alguns órgãos de imprensa", respondeu.

Amazônia

Recentemente, as queimadas ganharam ainda mais visibilidade na opinião pública após divulgação de dados do Inpe sobre focos de incêndio florestal. Segundo o estudo, o número de focos de incêndio florestal aumentou 82% entre janeiro e agosto de 2019 na comparação com o mesmo período de 2018

Entre os dias 1 de janeiro e 18 de agosto deste ano, foram registrados 71.497 focos de incêndios, ante os 39.194 focos registrados no mesmo período anterior. A última grande onda é de 2016, com 66.622 focos de queimadas entre essas datas.

A Amazônia é o bioma mais afetado, com 51,9% dos casos, seguido do Cerrado, com 30,7% dos registros de queimada. 

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