Política

Aliados de Bolsonaro veem operação contra líder do governo no Senado como retaliação da PF

Marcos Corrêa/PR
O pedido de buscas no gabinete de Coelho no Senado foi rejeitado pelo Ministério Público (MP), mas o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a ação  |   Bnews - Divulgação Marcos Corrêa/PR

Publicado em 19/09/2019, às 14h41   Redação BNews



A Operação Desintegração, deflagrada na manhã desta quinta-feira (19), que mirou o líder do governo no Senado, Fernando Coelho (MDB-PE), foi vista por aliados de Bolsonaro como uma resposta da Polícia Federal às recentes investidas do presidente sobre o órgão, segundo informações da colunista Bela Megale do jornal O Globo.

O pedido de buscas no gabinete de Coelho no Senado foi rejeitado pelo Ministério Público (MP), mas o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a ação. Segundo a Polícia Federal (PF), há indícios de que Bezerra recebeu R$ 5,5 milhões em propina no governo Dilma. 

Integrantes do Planalto entenderam que a ação teve como objetivo atingir o governo e marcar a independência da corporação. Parlamentares apostam que o clima entre Bolsonaro e a PF deve se acirrar nos próximos dias, com grandes chances de atingir também o ministro da Justiça Sergio Moro. O órgão é subordinado à pasta de Moro.

O discurso da PF é de que não há retaliação e que as buscas só aconteceram agora por uma “infeliz coincidência” do tempo dos pedidos na Justiça.

Nos últimos dias, a situação estava mais pacífica. Bolsonaro, que já afirmou que pretendia trocar o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, tinha sinalizado que ele poderia ter sobrevida no posto. A operação aconteceu no mesmo dia que Valeixo retornou de suas férias.

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