CMS: Aladilce vai ao Conselho de Ética contra Téo Senna após fala debochada

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) fez uma comunicação inadiável, na sessão ordinária da  tarde desta segunda-feira (4), anunciando que vai ao Conselho de Ética da Câmara Municipal de Salvador contra o vereador Téo Senna (PHS). Na semana passada, Téo comparou a edil com a personagem Magda, do humorístico "Sai de Baixo" (TV Globo).

"Expressei a minha opinião política e a minha surpresa é que o colega me comparou a um personagem conhecido por não ter inteligência, a Magda do Sai de Baixo. Isso ofende uma vereadora dessa casa", declarou, na tribuna do plenário. "O vereador partiu para um ataque pessoal que não condiz com a postura ética desta Casa. (...) Acho que é uma postura que mostra o machismo, a misoginia do vereador contra uma colega".

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Entenda o caso
A vereadora Aladilce Souza atacou o prefeito ACM Neto (DEM), no Twitter, e foi rebatida pelo vereador governista Téo Senna. A edil comentou uma postagem do gestor, que rechaçou na rede social a defesa da volta do AI-5 por parte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). "A defesa intransigente da democracia está no DNA do Democratas. Condenamos e combateremos qualquer tentativa de ameaça à liberdade política e ao pleno funcionamento das instituições do nosso país", escreveu Neto.

Nos comentários, a comunista disse que o prefeito estaria "renegando" o passado do avô, Antonio Carlos Magalhães (1927-2007). "Menos, prefeito... Assim você renega a história do seu avô, que ganhou de presente a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia por apoiar a Ditadura. Enquanto ele e o DNA do DEM faziam carreira política durante o regime, meus aliados eram mortos e torturados graças ao AI-5", escreveu Aladilce.

Após o comentário repercutir na rede social, o vereador Téo Senna rebateu a declaração, por meio de nota. “Aladilce muitas vezes lembra a personagem Magda, do antigo programa humorístico Sai de Baixo. No momento em que todas as vozes democráticas do Brasil se lançam contra a infeliz declaração de Eduardo Bolsonaro, ela não poderia perder a oportunidade de dizer também uma frase infeliz”, declarou, acrescentando que o prefeito ACM Neto tinha apenas nove anos quando a Constituição de 1988 foi promulgada e que, portanto, não fez carreira política durante a Ditadura.