Política

Maduro diz que fuzis roubados por militares desertores estão no Brasil

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Líder cobrou de Jair Bolsonaro providências para recuperar armamentos que estariam escondidos no país  |   Bnews - Divulgação Arquivo/José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 24/12/2019, às 12h15   Redação BNews



O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que parte das armas roubadas do Exército Venezuelano, após motim na cidade de Luepa, estão no Brasil. O líder cobrou de Jair Bolsonaro providências para recuperar o armamento que teriam chegado ao país pelas mãos de desertores da Guarda Nacional do país latino-americano.

"As armas venezuelanas foram roubadas em um ataque terrorista, senhor Jair Bolsonaro. E essas armas, neste momento, temos informações que estão em território brasileiro. Exigimos que as autoridades brasileiras capturem os agressores que estão no território brasileiro e retornem as armas às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas", disse Maduro em pronunciamento transmitido no rádio e na televisão. As informações são do Sputnik.

Um grupo de soldados venezuelanos se rebelaram contra o governo Maduro no último domingo (22) e fizeram um motim para tomar o quartel da cidade de Luepa. No local, os desertores fizeram reféns e roubaram cerca de 120 fuzis, além de atacar postos policiais. Houve troca de tiros e ao menos um militar do governo morreu no confronto.

Jorge Rodríguez, ministro venezuelano de Comunicações, alega que o grupo paramilitar foi abrigado em diferentes lugares da América Latina, antes de promoverem o ataque. Eles teriam passado quinze dias em Pacaraima, em Roraima, onde ficaram supostamente sob a proteção de Antonio Fernández, o "Toñito", venezuelano acusado de tráfico de ouro e drogas.

"O governo do Brasil tem que explicar por que um criminoso, traficante de ouro e assassino, que esteve por trás de ações contra o governo da Venezuela, sustentou os desertores e criminosos em Pacaraima durante quinze dias, lhes deu dinheiro e lhes prometeu uma quantidade de dinheiro depois que eles atacassem a base militar. O governo do Brasil não tem nada a ver com isso? Então, que prenda e nos entregue Toñito", disse Rodríguez.

Para o ministro, o roubo de armas tem como objetivo final criar uma instabilidade no país, para que haja clima para uma intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela.

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