Política

ACM Neto chama ex-secretário de Bolsonaro de "louco" e critica uso político da Cultura no Brasil

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Democrata ainda disse que o critério ideológico "não passa nem de longe" na política de cultura do município  |   Bnews - Divulgação BNews/Vagner Souza

Publicado em 24/01/2020, às 19h17   Leo Sousa e Henrique Brinco


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O prefeito de Salvador, ACM Neto, chamou o ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, de "louco", nesta sexta-feira (24). O gestor deixou o comando da pasta após acusações de apoio ao nazismo. O presidente nacional do DEM também criticou o uso ideológico das políticas culturais no Brasil e enfatizou que o critério ideológico  "não passa nem de longe" na política de cultura do município.

"Quero fazer um agradecimento especial a Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Matos. [...] O outro dia estava dando uma entrevista... Vocês acompanharam a polêmica com aquele louco que ocupava a Secretaria de Cultura no Governo Federal e que depois veio a ser demitido... Estava dando uma entrevista para uma rádio e me perguntaram o que eu achava da escolha de Regina Duarte para ser Secretária de Cultura do governo", destacou na solenidade de tombamento municipal do monumento Marco Comemorativo da Fundação da Cidade e de 19 painéis do artista Carybé.

"Disse 'olha, não tenho elementos para julgar e não sabemos o quanto ela capaz de tocar uma política cultural na direção que o país precisa. Apenas não tenhho elementos para julgar, dizer se está certo ou errado', mas fiz questão de complementar para trazer a minha visão", continuou Neto. "A minha visão é que política cultural não tem que ter cor partidária, não tem que ter  ideologia, não tem que ter preferência pessoal do governo A, B ou C", completou.

O tombamento do Marco Comemorativo da Fundação da Cidade atende ao pedido da Associação de Moradores e Amigos da Barra (Amabarra) e da Academia de Letras da Bahia (ALB). O regime de registro provisório teve início em novembro de 2016. Já a solicitação relacionada aos painéis de Carybé partiu do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, a partir da recomendação do conselheiro Nivaldo Andrade.  

Sobre os trabalhos de Carybé, a equipe técnica da FGM selecionou, inicialmente, as obras levando em consideração o fato de o artista ter atuado ativamente no período de 1950-1960, com a produção de maior quantidade de painéis em edifícios da cidade, com forte expressão temática, privilegiando elementos da identidade local.

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