Política

Rui Costa alfineta Bolsonaro e diz que não vai se calar “quando a Bahia for agredida”

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Presidente sugeriu no final de semana que a morte do ex-policial militar Adriano da Nóbrega foi uma "provável execução sumária"  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 17/02/2020, às 14h24   Nilson Marinho e Marcos Maia


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O governador Rui Costa (PT) alfinetou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta segunda-feira (17). No final de semana, Bolsonaro sugeriu, por meio de nota, que a morte do ex-policial militar Adriano da Nóbrega foi uma "provável execução sumária". 

"Espero que o presidente da República possa dedicar o seu tempo a cuidar do desemprego, do aumento da pobreza - que voltou a crescer o número de pobres -, a cuidar de parar de tirar bolsa família dos mais pobres do nordeste", disse nesta manhã. 

O governador participou nesta manhã do lançamento da Operação Carnaval 2020 da Secretaria de Segurança Pública (SSP). "O presidente - em vez de cuidar dos problemas dos seus filhos - deveria cuidar dos problemas do país. Não quero problema com o presidente da República. Quero governar com paz, como fiz até aqui", continuou. 

Também no final de semana, o governador publicou uma nota através de suas redes sociais na qual afirma que a determinação do governo da Bahia em operações policiais é de sempre manter os suspeitos vivos desde que estes ofereçam risco aos oficiais de polícia. Ele advogou que sua posição foi de sair em defesa ao Estado que governa. 

“Não vou me calar quando a Bahia for agredida, quando os baianos forem agredidos - independente de quem estiver agredindo. Mesmo que seja o presidente da República", disse. Desde a operação do último dia 9 de fevereiro, o governador tem procurado restringir a execução de Nóbrega a "uma operação policial, que envolve o ministério público". 

Durante seu pronunciamento, ele reafirmou que a estratégia adotada em cada operação é de responsabilidade dos profissionais envolvidos na ação. Rui também salientou que os PM's que participaram da operação seguem atuando em suas funções normalmente, e que todo o material apreendido na ocasião foi encaminhado ao MP-RJ. "Toda a vez que um policial agir dentro do marco penal, ele terá nosso apoio irrestrito", disse.

O governador recordou que, em outras oportunidades, governadores da Paraíba, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo foram "agredidos pelo presidente". "É uma sucessão de agressões contra quem foi eleito em seus estados e está de forma dedicada tentando ter êxito na gestão", afirma.

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