Política

Líder da bancada baiana no Congresso condena ataque de Kannário à PM-BA, mas diz que ele não estava em "exercício parlamentar"

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Deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) lembra que iniciativa de convocar Comissão de Ética deve ser dos partidos, caso contrário, a conduta deve ser avaliada na Justiça comum  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 26/02/2020, às 16h47   Luiz Felipe Fernandez


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O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), líder da bancada baiana na Câmara dos Deputados, avaliou a fala do deputado federal e cantor Igor Kannário, que ofendeu policiais militares durante desfile no Carnaval de Salvador. Segundo ele, o artista foi "inoportuno" em suas declarações, mas ressaltou que qualquer "representação" para acioná-lo na Comissão de Ética da Câmara deve partir de partidos políticos.

Na passagem pelo circuito do Campo Grande, na última segunda-feira (24), o artista fez ataques a policiais militares que trabalhavam na festa. “Vem, seu b*** mole”; “Se acontecer alguma coisa comigo, quem me matou foi a polícia militar”.

A resposta do líder da bancada foi com relação ao abaixo-assinado online, criado pela direção do Instituto de Consulta, Estudos e Pesquisas do Militar Estadual da Bahia (ICEME-BA). "Do ponto de vista da apreciação da quebra de decoro, teria que ser alguma representação feita por partidos políticos [...] só depois dessa apuração é que seria cabível algum tipo de posicionamento sobre punição ou não", respondeu o deputado ao BNews.

Daniel Almeida lembrou que a "quebra de decoro" se refere à conduta voltada ao exercício do mandato, o que não seria o caso de Kannário, já que a sua fala foi durante apresentação como artista. O deputado do PCdoB adianta que a própria Polícia Militar pode apresentar uma queixa ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

"Outros crimes serão respondidos na Justiça comum, que cabe ao MP-BA. A própria Polícia Militar pode fazer algum tipo de apreciação que não está relacionada com o mandato", reiterou Daniel Almeida, ao concordar que o comportamento de Kannário foi "completamente inadequado", principalmente por atacar uma "corporação que merece todo o tipo de apoio".

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