Política

Moro diz que ligação para para ministro paraguaio não foi para beneficiar Ronaldinho

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Ministro da Justiça nega que tenha intervido em benefício do ex-jogador, preso ao tentar entrar no país com documentos adulterados  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Rede Globo

Publicado em 12/03/2020, às 12h41   Redação BNews


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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, negou que tenha tentado intervir a favor do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, preso no Paraguai ao tentar entrar no país com documentos falsos. Ele admitiu que ligou para o ministro do interior, Euclides Azevedo, mas que não pediu nenhum tratamento diferente ou que beneficiasse o craque e o seu irmão, o empresário Roberto de Assis.

"Houve um equívoco de comunicação. Recebi informação de que o jogador estaria preso e, veja, é um cidadão brasileiro, um ídolo nacional. Eu apenas fiz uma ligação para colher informações sobre o que tinha acontecido. Em nenhum momento houve qualquer interferência à soberania paraguaia", assegurou Moro.

Acevedo revelou ter sido procurado por Moro, que teria perguntou ao ministro se os dois irmãos poderiam aguardar o julgamento em liberdade. Segundo o ministro paraguaio, Moro pareceu não ter gostado da prisão do ex-craque de Barcelona e seleção brasileira, que foi nomeado embaixador do turismo no ano passado.

Moro, contudo, reiterou que não fez nenhum pedido neste sentido: "Foi conversado com o ministro do interior do Paraguai, mas nesse nível de saber o que estava acontecendo. Até porque o ministro do interior do Paraguai não tem interferência no sistema de justiça. Veja, eu não faria um pedido desses no Brasil. Por que faria no Paraguai?".

A Justiça do Paraguai negou nesta segunda-feira o pedido de revogação da prisão preventiva em troca da prisão domiciliar, e Ronaldinho e Assis seguem detidos em um presídio de segurança máxima em Assunção, capital do país.

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