Política
Publicado em 14/04/2020, às 16h07 Luiz Felipe Fernandez
Com o tempo dividido entre a atividade parlamentar e a militância nas redes sociais em defesa de posições tidas como mais radicais do governo Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro mandou um recado que pareceu ter sido endereçado a ministros.
Em post feito nesta terça-feira (13), no Twitter, Eduardo afirmou que apesar de muita coisa ser tolerada no “meio político”, há algo imperdoável que é a “deslealdade”. Segundo o parlamentar, o “desleal” serve somente de “papel higiênico” para um “mais esperto”.
Algumas pessoas do meio político toleram muita coisa, mas ninguém suporta deslealdade.
— Eduardo Bolsonaro(@BolsonaroSP) April 14, 2020
O desleal com um pode/será desleal com outros.
O desleal serve, quando muito, de papel higiênico para alguém "mais esperto".
O destinatário mais óbvio é o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que enfrentado um forte desgaste desde o início da pandemia, já que defende medidas de isolamento social, criticadas e descomprimas pelo presidente da República. Bolsonaro, por sua vez, já fez ameaças públicas para reafirmar a sua autoridade no Palácio do Planalto e não perder o protagonismo no Governo Federal.
O episódio mais recente que pôs fim a qualquer trégua que tenha sido ensaiada foi a entrevista exibida pelo Fantástico, da Rede Globo, no último domingo, com Mandetta. O discurso do ministro foi pautado na defesa pelas medidas já tomadas pela pasta, de reduzir a dinâmica social, com cutucadas explícitas em Bolsonaro. Ele afirmou que a população fica insegura quando vê direcionamentos opostos dentro do próprio governo.
O recado pode ter sido dado ao ministro da Justiça, Sergio Moro, afastado da mídia convencional e das redes sociais neste período de surto do novo coronavírus. Tanto Eduardo quanto Carlos compartilharam postagens que criticavam a compra de 600 tablets para que presidiários possam ver as famílias, já que as visitas estão proibidas para evitar a disseminação da Covid-19. A aquisição foi feita pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), subordinado à pasta chefiada por Moro.
A esposa do ex-juiz federal conhecido pela atuação na Lava-Jato, Rosângela Moro, já havia criado um mal-estar no governo Bolsonaro. Ela postou em sua rede social que estava do lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e que confiava na sua liderança no combate à doença.
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