Política

Carta aberta da Cinemateca a ministro e a Regina Duarte pede que governo não "mate" órgão

Antonio Cruz/Agência Brasil
Sofrendo com perda de verbas, órgão deve criar cargo para abrigar atriz que deixou a secretaria de Cultura do governo Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Antonio Cruz/Agência Brasil

Publicado em 30/05/2020, às 10h38   Redação BNews


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Uma carta aberta dos funcionários da Cinemateca em São Paulo, que passará a abrigar a pela atriz Regina Duarte, após polêmica saída da Secretaria de Cultura, pede ao governo que não "mate" o órgão. Em tom de desespero, o texto faz referência a cortes de verba que inviabilizam a atividade da pasta.

"Como é de conhecimento público, o contrato de gestão da TV Escola, firmado entre o Ministério da Educação e a Acerp foi rescindido unilateralmente pelo Ministério (da Educação), sem qualquer precedente desde a criação do canal. Esse rompimento acarretou na suspensão da entrada de verba para a gestão, não obstante as atividades da TV Escola terem sido mantidas.Não menos importante é o contrato de gestão da Cinemateca Brasileira, aditivo do contrato de gestão da TV Escola, igualmente afetado pela referida rescisão", diz a carta assinada por  trabalhadores da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto - Acerp, por meio dos sindicatos.

O texto foi endereçado não só à Regina Duarte, mas também ao ministro do Turismo, que estava a frente da negociação do contrato após a saída do MEC da parceria.

Do outro lado, o Governo Federal deve criar um cargo na Cinemateca para acomodar Regina Duarte. O problema é que esta manobra pode custar até R$ 15 mil a mais por mês aos cofres de São Paulo.

O fim da Cinemateca provocaria a destruição e perda total do acervo, segundo informações da UOL, além da demissão de 150 funcionários. Alguns dos trabalhadores estão no órgão há 40 anos e são em sua maioria, da parte técnica.

A carta pede que os contratos sejam regularizados e os trabalhadores readmitidos, assim como o pagamento dos vencimentos e benefícios atrasados para "voltar a construir inclusão" no Brasil. 

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