Política

Bolsonaro avalia usar Força Nacional em manifestações em Brasília no próximo domingo

Agência Brasil
A reunião para tomar a decisão inclui o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiado pelo general Augusto Heleno, e a Polícia Militar do Distrito Federal  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 05/06/2020, às 11h54   Redação


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O presidente Jair Bolsonaro deve discutir nesta sexta-feira (5), se irá empregar a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) nos protestos marcados para o próximo domingo (7) em Brasília. Assim como ocorreu na última semana, estão previstos atos a favor e contra Bolsonaro.

A reunião para tomar a decisão inclui o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiado pelo general Augusto Heleno, e a Polícia Militar do Distrito Federal, que é a responsável pela segurança da capital federal.

Desde que surgiram os atos pela democracia, com participação de movimentos denominados antifascistas, o presidente Jair Bolsonaro tem tecido duras críticas em uma tentativa de criminalizar os protestos. Nesta manhã, durante discurso na inauguração do hospital de campanha no interior de São Paulo, o capitão pediu novamente que seus apoiadores não participem da manifestação deste domingo, para que assim seja possível identificar os seus oposicionistas, os quais chamou de "marginais".

"Que o outro lado que luta pela democracia, que quer o governo funcionando e quer um Brasil melhor e preza por sua liberdade que não compareça às ruas nesses dias para que nós possamos, a Força de Segurança, nossas forças estaduais bem como a nossa Federal façam seu devido trabalho, por ventura, esses marginais extrapolem os limites da lei", afirmou Bolsonaro, que já tinha chamado os "antifas" de terroristas.

Mesmo com o seu apelo, a expectativa é que os dois grupos saiam às ruas. A preocupação, com isso, é garantir que não haja nenhum tipo de confronto como os que ocorreram semana passada no Rio de Janeiro e em São Paulo. As informações são do Estadão.

Do outro lado, senadores que fazem oposição ao governo Bolsonaro também pediram que os brasileiros não protestem nas ruas, apesar da "política devastadora" do presidente já ter sido "identificada", e também não propiciar o "ambiente" para o autoritarismo de Bolsonaro.

A carta foi assinada pelo líder da Oposição e da Rede Sustentabilidade do Senado, Randolfe Rodrigues, os baiano Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), Eliziane Gama (Cidadania), Weverton Rocha (PDT) e Veneziano Vital do Rego (PSB).

A função da FSNP em caso de intervenção em manifestações é, principalmente, de proteger o patrimônio público como prédios ministeriais. O acompanhamento das passetas segue sob tutela da Polícia Militar.

A decisão será tomada após as considerações do Ministério da Justiça, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e a Polícia Federal.

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