Política

Mario Negromonte garante que fica na pasta das Cidades

Imagem Mario Negromonte garante que fica na pasta das Cidades
Ministro tem sido apontado como nome certo para ser substituído na reforma   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/01/2012, às 08h22   Redação Bocão News



Padrinho político do ministro das Cidades, Jaques Wagner (PT), parece ser o único a defender veemente a permanência de Mário Negromonte no poder (PP).  
O ministro enfrenta acusações sobre irregularidade na mudança do projeto de mobilidade urbana de Cuiabá (MT) para a Copa de 2014. Com forte oposição dos correligionários, o trabalho árduo do governador da Bahia tem poucas chances de sucesso. 
Apesar da insatisfação em parte da bancada na Câmara de seu partido, o PP, ele garante que já conseguiu um documento de apoio dos 38 deputados. 
Diferentemente de agosto passado, quando em tom de ameaça disse que "em briga de família, irmão mata irmão e morre todo mundo", agora Negromonte usa um tom conciliador: "Eu instalei uma UPP no partido: é a unidade pacificadora progressista". Ao GLOBO, ele disse que tem recebido "muita força" da presidente Dilma Rousseff para suas ações no governo, e que tem conversado com os ministros palacianos.
Em entrevista concedida ao Jornal O Globo, na sexta-feira (7), em Salvador, o ministro baiano disse que as suspeitas sobre obras e contratos de mobilidade urbana tocados pelo seu ministério foram apenas "uma indústria de fumaça". E que as denúncias foram alimentadas pelo "fogo amigo", que quer o cargo do PP na Esplanada:
MARIO NEGROMONTE: - Tem gente de todo o canto (interessada na pasta). É gente do PMDB, do PT, de todos os partidos. Menos do Planalto. (Os ministros) me disseram que não existe nada de parte do governo contra o ministério e a minha pessoa. 
O GLOBO: A presidente Dilma já o chamou para falar sobre sua eventual substituição no governo?
MARIO NEGROMONTE: A presidente nunca falou desse assunto (substituição) comigo. Nunca houve isso. Pelo contrário: tem me dado muita força. Isso é coisa de terceiro e quarto escalões, e de alguns partidos que desejam o Ministério das Cidades. Sou testado e aprovado. Vasculharam a minha vida, a da minha mulher e do meu filho. E não acharam nada. Nenhuma denúncia vingou contra mim. O vento levou tudo.
O GLOBO: Quem do Palácio do Planalto já conversou com o senhor sobre a sua situação?
NEGROMONTE: Já conversei com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvati (Relações Institucionais). Eles falaram que não tem nada contra mim. 
O GLOBO: Mas há insatisfação com seu desempenho dentro do seu próprio partido. Como ficar no cargo sem sustentação partidária? 
NEGROMONTE: Há uma insatisfação de uma meia-dúzia. Mas a bancada me apoia. Foi feito um acordo no partido. Reconduzimos ao cargo o líder, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Em contrapartida, eu tenho o apoio da bancada. O que há é uma insatisfação com liberação de emendas. Mas isso não depende de mim. É uma questão do Planalto.
O GLOBO: Mesmo assim, permanecem reclamações na bancada contra o senhor...
NEGROMONTE: Já está tudo resolvido. Fizeram um jantar da bancada. Eu instalei uma UPP no partido: é a unidade 
pacificadora progressista. Os 38 deputados entregaram um documento me apoiando. O presidente do partido, senador 
Francisco Dornelles (PP-RJ), foi a Gleisi e ao Gilberto para dizer que o PP está unido. E o Dornelles já falou para o 
partido: se Negromonte sair, a gente perde o ministério.
Entrevista do jornal O Globo
Foto: Edson Ruiz// Bocão News
Matéria publicada às 16h do dia 7

Classificação Indicativa: Livre

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