Política
Publicado em 03/07/2020, às 11h05 Nilson Marinho
Depois do boletim do Comitê Científico do Consórcio Nordeste apontar que Salvador está no limite e que precisa de uma implementação de um lockdown, ou restrição total de circulação de pessoas e comércio, o prefeito ACM Neto disse, na manhã desta sexta-feira (3), que, até o momento, não tem se respaldado nas notas técnicas do Consórcio para implementar medidas de contenção do coronavírus na cidade.
"Eu não vi essa recomendação do Consórcio. E caso ela tenha acontecido, não tem qualquer tipo de impacto e força indicativa para a prefeitura. Eu não tenho me amparado às opiniões do Consórcio. Hora nenhuma buscamos o suporte deles. Temos nossos técnicos, a Fio Cruz, a Universidade Federal da Bahia, e temos trocado experiências com dezenas de prefeituras e governos do Brasil. (...) Todas nossas decisões são técnicas e científicas. Tudo que fizemos até agora foi para evitar o lockdown", disse Neto.
Pressão
Ainda segundo o prefeito, na cidade, cerca de 80% dos leitos estão ocupados com pacientes acometidos pelo vírus. Ele havia afirmado no começo da semana que está se reunindo com o governador Rui Costa (PT) para pensar em protocolos de retorno de atividades. As ações, no entanto, dependem do comportamento do vírus na capital. "Não podemos abrir tudo de vez e ter uma explosão no número de casos. Tudo tem que ser feito com cautela", completou o prefeito.
Neto vem suportando uma pressão do empresariado que pede o retorno do comércio. No final de semana, por exemplo, manifestantes estiveram em sua casa, no Corredor da Vitória, para um buzinaço. O gestor afirmou não se incomodar com as manifestações contrárias e que vem tomando decisões "com base na ciência".
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