Política

"Se fosse na Câmara não passaria", diz líder do governo sobre articulação para derrubar PEC na AL-BA

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O assunto, discutido internamente com caciques do parlamento baiano, tem ganhado força nas reuniões, apesar dos principais envolvidos tergiversar  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 30/07/2020, às 20h58   Tamirys Machado


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As articulações na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para derrubar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que veta a reeleição para presidência da Casa, repercutiu até na Câmara de Vereadores. O líder do governo na CMS, vereador Paulo Magalhães Jr (DEM), disparou contra as tratativas e disse que  "se fosse na Câmara não haveria possibilidade da proposta passar". 

"Considero que na política e na vida, acordos foram feitos para serem cumpridos. Tenho certeza, que se fosse na Câmara Municipal, não haveria hipótese de passar", disse o edil, em conversa com o BNews, nesta quinta-feira (30). Magalhães questionou, ainda, a intenção das negociatas. "Falar de reeleição nesse momento é estranho, não faz sentido. Anular uma votação recente, aproveitando um momento em que as atenções da imprensa e do povo estão voltadas para o enfrentamento ao coronavirus é no mínimo absurdo. Qual seria a finalidade?", afirmou o vereador, que comanda a bancada de ACM Neto na Câmara. 

Em 2018 foi selado um acordo com a base do governador Rui Costa em apoio ao nome do deputado estadual Nelson Leal (PP) à presidência da Assembleia Legislativa. Fazia parte do "pacto" o rodízio entre o PP, com Leal, assumindo em 2019 e o PSD, com Adolfo Menezes sendo eleito para o segundo biênio da legislatura. O PSB ficou com a vice presidência, sob a batuta do deputado Alex Lima e o PT com a liderança do governo, comandada por Rosemberg Pinto. No entanto, um movimento para reeleição de Nelson Leal  para o segundo biênio agitou a AL-BA nos últimos dias. A ideia é derrubar a PEC que não permite reeleição e reconduzir Leal em 2020. 

O assunto, discutido internamente com caciques do parlamento baiano, tem ganhado força nas reuniões, apesar dos principais envolvidos tergiversar. Em reunião realizada ontem, Rui Costa reforçou a necessidade de manter a unidade do grupo e usou tom pacificador. PP e PSD são partidos fundamentais na equação eleitoral que começou a ser rascunhada para a sucessão estadual em 2022.

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