Política

"Nunca tive dúvidas que o acordo seria cumprido", diz Menezes sobre sucessão a presidência da AL-BA

Dinaldo Silva / BNews
Parlamentar demonstrou confiança em Rui Costa - fiador do combinado - e ponderou que é normal que alguns "chiem ou esperneiam" sobre o assunto  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva / BNews

Publicado em 04/09/2020, às 13h56   Luiz Felipe Fernandez e Marcos Maia


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O deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) disse na manhã desta sexta-feira (4) que nunca teve dúvida que o acordo sobre a sucessão da presidência da Assembleia LEgislativa da Bahia (AL-BA) seria cumprida.

No final de julho, o BNewsnoticiou que havia à época uma articulação discreta, mas acelerada, para a derrubar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impede a reeleição à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), algo que beneficiaria o atual presidente da casa, o deputado estadual Nelson Leal (PP). 

Caso isso acontecesse, representaria o rompimento de um acordo anteriormente realizado, com participação do governador Rui Costa (PT), deliberou um rodízio no posto de comando do Legislativo que garantiria o apoio integral da base do governo a candidatura de Menezes a partir de 2021

Presente a coletiva de imprensa que oficializou a pré-candidatura do  deputado federal Pastor Sargento Isidorio à Prefeitura de Salvador, em chapa que conta com a esposa do senador Angelo Coronel, Eleusa Coronel como vice, Menezes disse que estava evitando falar sobre assuntos referentes a AL-BA até aqui em virtude das eleições municipais e dos efeitos da pandemia do novo coronavírus

"Eu me mantinha na posição de silêncio - até por orientação dos líderes. Mas como a imprensa ouviu do próprio governador claramente que acordo é para ser cumprido - e que ele detalhou inclusive de que forma foi feito o acordo - eu não tenho o que esconder. [...] Nunca tive dúvidas que esse acordo seria cumprido", disse a reportagem nesta manhã.

Ele acrescentou que o governador é um "homem sério" e ponderou que é normal e esperado que alguns "chiem ou esperneiam" sobre o assunto. "Eu pergunto sempre: E se fosse ao contrário e o PP, que hoje está chiando e experniando, se fosse eu que tivesse iniciado [o acordo] e agora tivesse que passar para Nelson Leal - passar uma vírgula que antes tem a votação. Eles iriam gostar? Claro que não!", continuou.

Questionado se a união entre PT, PSD e PP até 2022 dentro da base incomoda, ele também disse que isso é normal e que não é possível satisfazer todos os partidos que compõem o apoio ao governador. Para ele, o processo é feito de concessões de todas as partes e que o que realmente importa é manter a união.

"O PT teve o deputado mais votado da Bahia nas últimas eleições com Rosemberg. Se fosse por assim dizer, ele seria o presidente da assembleia. Então, o PT sede de um lado, o PSD de outro. [...] O PP também tem sua parte, e é óbvio que nem sempre é possível ser atendido em tudo que você imagina. Nenhum partido. Na política você sempre quer mais, mas nunca governa sozinho", exemplificou.

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