Política

Relator diz que Renda Cidadã ficará para o pós-eleição e declara: “Vamos ter que cortar, tomar medidas impopulares”

Edilson Rodrigues / Agência Senado
Relator sinaliza que programa de transferência de renda será financiado através de cortes   |   Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues / Agência Senado

Publicado em 08/10/2020, às 11h49   Redação BNews



O senador federal e Relator do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2021, Márcio Bittar (MDB), afirmou ao site O Antagonista que o programa de transferência de renda redefinido como Renda Cidadã ficará para o pós-eleições municipais e retornará para o nome de Renda Brasil. O senador do MDB disse que decisão foi chancelada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido).

“Ficou para depois das eleições. O nó é o Renda Brasil mesmo. Não estamos adiando por receio de críticas. É porque precisamos compreender o momento, não adianta dar murro em ponta de faca”, destacou o senador que é responsável pelos relatórios da PEC do pacto federativo e da PEC emergencial, na qual deverá ser incluída o  programa assistencial do governo que deve ocupar o lugar do Bolsa Família e do atual Auxílio Emergencial.

O financiamento do programa se tornou um problema para o governo, que não planeja fura o teto de gastos e, por estar com recursos comprometidos por conta de gastos na pandemia do novo coronavírus, tenta remanejar recurso previsto para outras áreas e mexer nos supersalários dos três poderes.  

“O Brasil precisa retomar a agenda reformista, mas, no meio disso, temos outro problema: o que vai ser feito com as milhões de pessoas que estão recebendo o auxílio emergencial? Vai ter que tirar dinheiro de algum lugar. Não é só por solidariedade cristã, é para evitar um caos social”, sinalizou Bittar (MDB).

O governo foi bastante criticado por tentar usar recurso do Fundeb e do pagamento de precatório para financiar o programa. O adiamento da solução para o programa de transferência de renda não é considerado como um fracasso para o PEC relator do pacto federativo e da PEC emergencial: “Não, é da política. O clima de eleições já tomou conta de Brasília e esse clima não é bom conselheiro. É melhor deixar passar a eleição, para que todos que têm que se posicionar se posicionem. Vamos ter que cortar, tomar medidas impopulares. Não vou fazer isso sozinho. Qualquer que seja a solução, precisaremos de todos atores concentrados”.

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