Política
Publicado em 03/11/2020, às 12h23 Diego Vieira
O governador Rui Costa (PT) afirmou que não pode interferir para a suspensão de eventos políticos com aglomeração que tem ocasionado no aumento no número de casos da covid-19 nas cidades do interior da Bahia. De acordo com o chefe do executivo baiano, cabe apenas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) intervir na questão.
"Antes de começar a campanha, nós fizemos uma reunião com a Justiça Eleitoral e eu disse ao presidente do TRE que eu não iria atuar nas decisões que envolvem as campanhas políticas para eventualmente não ser acusado de parcialidade nas eleições municipais e que nós daríamos todo o apoio ao Judiciário e Ministério Público que já estão tomando medidas de evitar essas aglomerações", disse o governador que classificou algumas medidas como "exageradas".
"Tem lugares que está sendo exagerado [as decisões], onde estão proibindo tudo. Se você proibir tudo, não tem campanha. Entre aglomeração e proibir tudo, acho que tem um meio termo que é possível fazer campanha. Carreata não é o melhor método de campanha, mas hoje com a realidade atual é o método que garante o distanciamento social e não gera aglomeração. As caminhadas que são muito preocupantes por gerar aglomeração", afirmou Rui.
O governador reforçou ainda que após o dia 15 de novembro, dia as eleições, voltará a atuar no intuito de evitar aglomerações nos municípios do estado. "Não cabe ao executivo e a polícia definir o evento que será realizado. Eu tenho deixado claro que não é o governador e nem a PM é que vão analisar qual o evento pode e o que não pode. Isso cabe apenas à Justiça Eleitoral. Depois do dia 15, agente volta ao comando no intuito de inibir eventuais aglomerações", ressalta.
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