Política

Bolsonaro é intimado por juiz em ação de deputado baiano sobre monitoramente de "detratores"

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Além de Bolsonaro, também deverão prestar esclarecimentos o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o chefe da Secom, Fábio Wajngarten  |   Bnews - Divulgação Alan Santos/PR

Publicado em 04/12/2020, às 16h54   Redação BNews


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O presidente Jair Bolsonaro foi intimado pelo juiz federal Dirley da Cunha Júnior, da 16a Vara Cível da Seção Judiciária da Bahia, para apresentar em 72 horas o relatório de monitoramento do "mapa de influenciadores", que listou parlamentares e jornalistas e separou em grupos de "detratores".

Além de Bolsonaro, também deverão prestar esclarecimentos o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o chefe da Secom, Fábio Wajngarten.

A ação foi protocolada pelo deputado federal Jorge Solla (PT-BA), e pede detalhes sobre a contratação e pagamento do serviço, custeado com dinheiro público. O petista acusa o pedido do Ministério da Economia como "desvio de finalidade do uso do dinheiro público" e tem o objetivo de "cercear a liberdade de expressão".

"Além do total desvio de finalidade do uso do dinheiro público, é uma maneira de intimidar, de cercear a liberdade de expressão. Nenhum cidadão deve ser monitorado por governos pelo que ele diz. Isso só acontece em ditaduras. O Brasil ainda não é uma, apesar de sua vontade, Bolsonaro. E por seus rompantes de autocrata, terá que explicar", declarou Solla.

Na ação popular, o deputado do PT pede que a Justiça determina a interrupção imediata do contrato da pasta e proíba o governo de continuar o trabalho de monitoramento a críticos do Palácio do Planalto.

Nesta sexta-feira (4), o Ministério da Economia decidiu antecipar o fim do contrato com a agência de comunicação BR+Comunicação, empresa que produziu um "mapa de influenciadores", que terminaria no último dia do ano.

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