Política

Perto de completar 1000 dias, polícia encontra novos indícios para os assassinatos de Mariela e Anderson

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O crime contra a parlamentar e seu motorista seria um ato de vingança contra o deputado federal Marcelo Freixo   |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 06/12/2020, às 12h45   Redação BNews


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Próximo a completar mil dias na próxima terça-feira, (8), novas pistas surgem investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro ainda trabalha com algumas linhas de investigação e surge com força uma que avalia que o crime contra a parlamentar e seu motorista seria um ato de vingança contra o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), ordenado pelo ex-bombeiro, ex-vereador e miliciano Cristiano Girão, segundo apurou O Globo.

O objetivo de Girão seria se vingar de Freixo, já que Girão era um dos nomes da lista da CPI das Milícias, em 2008, presidida pelo parlamentar do Psol na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALE-RJ). Marielle trabalhou auxiliando  Freixo na CPI das Milícias.

O ex-vereador miliciano ficou preso até 2017, um ano antes do crime. Ele nega participação e, como álibi, disse à polícia que, no dia do assassinato, foi a uma churrascaria, na Barra, onde ficou até meia-noite.

A polícia conseguiu identificar o homem por traz do Colbalt Prata utilizado pelos assasinos de Mariele e Anderson. Ele é Eduardo Almeida Nunes de Siqueira, morador da Muzema, favela dominada pela milícia. Ele teria clonou um veículo do mesmo modelo, entre janeiro e fevereiro de 2018, portanto, próximo a março, quando o crime foi cometido. O advogado Bruno Castro, que defende Siqueira, é o mesmo que atua para o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado de executar Marielle e Anderson.

Batalha judicial

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Rio de Janeiro aguarda o julgamento de três recursos no Supremo Tribunal de Justiça (STF). Um deles trata do Google, que recorreu da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou o fornecimento de informações envolvendo o crime às autoridades fluminenses. Um dos pedidos diz respeito à entrega da lista de pessoas que pesquisaram na ferramenta de buscas o nome “Marielle Franco”, entre 10 e 14 de março de 2018. O MPRJ também quer que a empresa informe o trajeto do carro usado pelos assassinos em diferentes dia, apurou O Globo.

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