Daniel Almeida diz que "premissa" do PCdoB para apoiar candidato à Câmara é se opor "bolsonarismo"

Deputado federal do PCdoB, o baiano Daniel Almeida afirmou nesta segunda-feira (7), em conversa com o BNews, que o partido vai se reunir nos próximos dias para definir qual  será a posição em relação a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, que ocorre em fevereiro de 2021.

Segundo o parlamentar, o único ponto que é consenso dentro do partido é que o nome a ser apoiado deve ser de oposição ao presidente Jair Bolsonaro.

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"O PCdoB vai se reunir ainda para discutir o assunto, mas tem uma posição clara de não contribuir para qualquer movimento que fortaleça o Bolsonaro e o bolsonarismo. Essa é uma premissa que a gente tem, e temos muito interesse em garantir que o Congresso Nacional funcione com autonomia e independência, que tenha uma agenda que trate os principais interesses nacionais. Isso que vai fazer parte da nossa agenda", assegurou.

Dentro desse parâmetro, a legenda se distancia de Arthur Lira (PP), nome fortemente ligado ao Palácio do Planalto. Segundo Daniel Almeida, o pepista nega que seja peça importante no vínculo de Bolsonaro ao grupo do Centrão, mas até o momento é que mais está alinhado aos interesses do presidente.

"Lira é um líder do Centrão, que tem sido o principal sustentáculo político do Bolsonaro. Ele afirma que não é isso. Vamos ter conversa com eles e outros pré-candidatos, para ver o que estão pensando. Mas o Lira é o que se apresenta como mais próximo do Bolsonaro", avalia.

Sem a possibilidade de reeleger Rodrigo Maia (DEM), o DEM articula com o MDB o apoio a Baleia Rossi (MDB), figura considerada capaz de reunir siglas de esquerda, que não contam com um representante direto até o momento.

Do lado do Republicanos, Marcos Pereira é visto pelo deputado João Roma como um nome que agrega diferentes espectros políticos. Resta ver como o partido receberá as eventuais retaliações, principalmente por parte da ala evangélica, por manter um candidato contra o nome defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que é o de Arthur Lira.

Também do PP, Agnaldo Ribeiro (PP) corre por fora na disputa, já que não conseguiu o apoio nem do próprio partido. Outra alternativa é Luciano Bívar (PSL), que conta com a segunda maior bancada da Câmara Federal, com 62 representantes (PSL, PTB e PROS), mas também dividiria os votos daqueles que devem seguir os interesses governistas.