Política

Governo federal pode perder milhões de testes para o coronavírus encalhados em depósito de São Paulo

Divulgação/MS
Os testes tiveram custo de R$ 275 milhões aos cofres públicos (R$ 42 por unidade)  |   Bnews - Divulgação Divulgação/MS

Publicado em 04/01/2021, às 12h09   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Os milhões de testes para detectar o novo coronavírus, armazenados em um depósito do Ministério da Saúde (MS) em São Paulo, podem ser perdidos, mesmo após ter o prazo de validade estendido por quatro meses.

De acordo com reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, (4), 6,5 milhões de testes RT-PCR não foram distribuídos para a rede pública e seguem encalhados no galpão da pasta que fica no Aeroporto de Guarulhos, na capital.

Há ainda outras unidades em posse dos Estados. O número é incerto, mas pode ser de mais de 3 milhões de unidades, segundo estimativa de gestores de saúde ouvidos pela reportagem.

Um dos obstáculos para utilização dos testes é a escassez do reagente de extração do RNA das amostras, cujo estoque atual do governo permite apenas 390 mil análises. O Ministério da Saúde afirmou que ainda pretende comprar mais de 6 milhões de reagentes desse tipo ainda em 2021.

Outra barreira para o uso do estoque é que o modelo de testes encalhados não é compatível com parte da rede de laboratórios da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Os testes tiveram custo de R$ 275 milhões aos cofres públicos (R$ 42 por unidade). Eles são comercializados na rede privada por R$ 290 a R$ 400.

O exame é um dos mais eficazes para diagnosticar a covid-19, pois detecta o vírus ativo no organismo. A coleta é feita por meio de um cotonete aplicado na região nasal e faríngea.

Em nota, o ministério afirma que ainda pretende distribuir e utilizar todos os testes antes do vencimento.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp