Política

MP suspeita de vazamento em investigação que pediu o afastamento do prefeito de Manaus por promover furas filas na vacinação

Dhyeizo Lemos / Semcom
A capital do Amazonas está em estado de alerta há duas semanas diante da grave crise sanitária provocada pela segunda onda do coronavírus  |   Bnews - Divulgação Dhyeizo Lemos / Semcom

Publicado em 28/01/2021, às 11h34   Redação BNews


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A divulgação antecipada do pedido de prisão realizado pelo Ministério Público do Amazonas contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante),  pelos episódios de desrespeito à fila de vacinação contra a covid-19 acendeu o alerta de que a investigação, que deveria sigilosa, possa ter sido intencionalmente vazada, segundo apurou a coluna Radar da Revista Veja.

O pedido de prisão tornou-se público após a vir a público a decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas de enviar o caso para a Justiça Federal. A íntegra do despacho, com os nomes dos investigados, passou a circular.

Em nota publicada na sua página na internet, o MP amazonense se manifestou sobre os “transtornos causados pela decisão” e falou em “sentimento institucional de que os interesses coletivos tutelados pelo processo penal encontram-se severamente prejudicados”. 

De acordo com a investigação, o prefeito David Almeida (Avante) e a secretária de Saúde de Manaus, Shadia Fraxe, cometeram crime “nos atos de nomeação, nas declarações à imprensa e na lista de vacinação, ao passo em que os indícios de autoria, de de Almeida, são constatados pela sua na censura dos fatos e na tentativa de infirmar o valor probatório da listagem”. 

A capital do Amazonas está em estado de alerta há duas semanas diante da grave crise sanitária provocada pela segunda onda do coronavírus.

Indignação

O prefeito de Manaus afirmou, através de uma nota enviada à imprensa, estar "profundamente indignado com a atuação ilegal e arbitrária de membros do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), em descompasso com o histórico de atuação institucional do Parquet, informa que ingressará com as medidas cabíveis contra os responsáveis". David Almeida reforça que "a medida cautelar foi rejeitada pelo Poder Judiciário estadual, de forma correta, principalmente por não ter havido qualquer ato realizado pelo prefeito. Além disso, não há o menor indício de desvio de recursos públicos, ato lesivo ao erário ou repercussão criminal. Reitera a confiança no Poder Judiciário, nas instituições e na gestão transparente da cidade de Manaus".

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