Presidente da comissão de Educação da CMS, Cris Correia marca audiência pública e cobra retorno das aulas presenciais

A vereador e nova presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Salvador, Cris Correia (PSDB), marcou para a próxima quinta-feira da próxima semana, (18), uma audiência pública para debater sobre o retorno das atividades escolares em Salvador. 

“Vamos debater, dialogar, fiz um convite ao secretário, aos representantes dos pais no Conselho Municipal de Educação - que é o órgão consultor tripartite -, representantes das escolas particulares, mas também das creches, escolas de bairro, que estão sendo bastante penalizados pela falta de retorno das atividades escolares.Uma audiência para que se possa ter uma direcionamento, para que as atividades sejam retornadas o mais rápido possível”, destacou Cris. 

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A presidente da Comissão de Educação afirma que um dos objetivos da audiência pública será o de conhecer o que os pais, familiares, educadores e os alunos pensam, já que ela avalia que o debate, hoje, está sendo conduzido muito mais institucionalmente, através do diálogo das prefeituras com o governo do estado:“Queremos ouvir essas pessoas. O pai quer que o filho retorne? E o aluno, será que ele quer retornar? Existe um discurso de que esses pais não querem, estão temerosos, mas não é bem isso que a  gente vê na realidade. Muitos dos pais, mães, saem de casa para trabalhar e não tem onde deixar os seus filhos. E essas crianças muitas vezes não ficam desprotegidas, essas crianças estão nas ruas, na casa do irmão, tio, vizinho”.  

Segurança

A vereadora questiona o que é mais seguro: deixar crianças na casa de familiares e de vizinhos, o que acaba fazendo com que muitas dessas crianças fiquem nas ruas, ou em um espaço educacional acompanhado por professores. 

“O que é mais seguro: deixar essas crianças nas ruas, correndo risco de contaminação, aliada ao risco social, que é a realidade de muitos. São crianças que estão á merce de agressão, abuso sexual, captação para o mundo do crime, já que nas ruas elas ficam muito mais susceptíveis. Ou será que não é mais seguro que elas estejam em um ambiente escolar, onde elas estarão protegidas, orientadas; a criança que não está na escola, está na rua. Crianças de famílias mais vulneráveis, estão na rua, não estão em isolamento”, sinaliza Correia. 

A vereadora do PSDB pontua que já se reuniu com o secretário municipal de Educação, Marcelo Oliveira, e que pretende marcar uma audiência para na próxima semana se encontrar com o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues. Ela lembra que as aulas na capital serão retomadas em fevereiro e cobra que o debate sobre o ensino misto, com alunos em sala e em casa, seja colocado em pauta. 

“Qual o meu esforço como presidente. Dialogar com os secretários de educação, com os governos. O governo estadual não apresentou um protocolo de segurança sanitária e nem estabeleceu uma data. A secretaria de Educação de Salvador já tem esse protocolo, que está pronto para ser colocado em prática. A gente precisa, na verdade, fazer com que essa fase híbrida seja implantada de forma mais rápida, ágil, mantendo o bom senso, observando o comportamento da pandemia, tomando decisões pautadas em análise científica”.   

A parlamentar lembra que, por causa da pandemia do novo coronavírus, adolescentes e jovens estão desenvolvendo quadros de transtornos mentais, a exemplo da depressão. 
“Os alunos acabam tendo uma série de perdas, do próprio convívio social, que é importantíssimo para formação do cidadão. O pacote da escola não é só o aprendizado do currículo, portugues, matemática, ciência, das disciplinas; é o convívio social,  que repito, é importantíssimo para a formação. E essas crianças em casa ficam isoladas e isso traz um prejuízo”, alerta Cris Correia.