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Daniel Silveira recua e pede desculpas: "Foi um momento passional"

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"Quem nunca exagerou?", defende-se parlamentar que ameaçou o STF  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV

Publicado em 19/02/2021, às 17h24   Henrique Brinco


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Preso em flagrante por ameaçar o Supremo Tribunal Federal (STF) e faz apologia ao AI-5, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) recuou ao se defender na sessão plenária da Câmara Federal que vai definir a legalidade da prisão. A reunião começou às 17h.

O parlamentar afirmou que assistiu ao vídeo por "três vezes" e que só depois pôde entender que poderia ter se manifestado de outra forma. "Me excedi na fala, foi um momento passional", defendeu-se. "Nas minhas falas, realmente, as minhas palavras foram duras até pra mim mesmo. Eu tinha outros modos para me expressar".

Ele também pediu desculpas ao povo brasileiro. "A minha fala pode ter sido dura, e novamente peço desculpas. Mas já me arrependi. Quem nunca exagerou? Quem jamais exagerou em suas falas ou jamais errou?", questionou. “Não sou bandido, nunca tive prisão criminal, nunca cometi crime algum. Não sou nenhum criminoso. Vim de família humilde”, disse Silveira.

O advogado Maurízio Spinelli, defensor do deputado Daniel Silveira, falou em seguida e disse que há “ilegalidades” na prisão do parlamentar pelo STF. “Tudo, absolutamente tudo, que envolve a prisão de Daniel Silveira é ilegal”, afirmou.

A prisão de Daniel foi confirmada na última quarta, por unanimidade, pelo plenário do Supremo e está sendo apreciada pela Câmara Federal. O parlamentar foi preso horas depois de ter postado um vídeo defendendo defendeu a destituição imediata dos onze ministros do STF, e enaltecendo o AI-5.

Na ordem de prisão, o ministro Alexandre Moraes afirmou que Daniel Silveira infringiu artigos da lei de Segurança Nacional, e que o flagrante por crime inafiançável está configurado porque há “de maneira clara e evidente, pela perpetuação dos delitos”.

A Procuradoria-Geral da República também denunciou o deputado ao próprio Supremo sob justificativa de que as declarações de Daniel não estão protegidas pela imunidade parlamentar.

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