Política
Publicado em 13/03/2021, às 13h42 Redação BNews
Segundo informações de bastidores, obtidas pela coluna Radar da Revista Veja, ao ser informado que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, havia anulados as condenações do ex-presidente Lula (PT), na Lava-Jato, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), fez dois breves comentários com assessores palacianos e parlamentares. O primeiro foi uma crítica direcionada a Fachin. O presidente disse que havia um tempo o magistrado, a quem chama de “petista”, vinha proferindo “decisões absurdas“.
Bolsonaro se incomodou com três investidas de Fachin. No fim do ano passado, o ministro fez uma defesa isolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da tese de punição de candidatos que utilizarem a religião para pescar votos de fiéis e suspendeu a alíquota zero para importação de revólveres e pistolas definida pelo Ministério da Economia, um aceno de Bolsonaro aos seus apoiadores. Mais recentemente, Fachin criticou publicamente militares, dizendo que era “intolerável e inaceitável” a pressão que eles faziam no Supremo.
Após criticar Fachin, Bolsonaro resumiu em poucas palavras o que acha do ex-presidente Lula voltar a ser elegível e disputar as eleições de 2022. “Vai ser ótimo. Vai ser a oportunidade de enterrar Lula de uma vez por todas”, disse ele a um aliado. A confiança de Bolsonaro reside na expectativa de que os brasileiros rejeitam a ideia de ver no Palácio do Planalto o chefe do Petrolão, o maior esquema de corrupção da história do país.
O otimismo do presidente é ancorado em pesquisas que revelam que o sentimento de antipetismo ainda é superior ao do antibolsonarismo. Uma delas, divulgada recentemente pela CNN em parceria com o Instituto Real Time Big Data, aponta Bolsonaro com 31% das intenções de votos, enquanto Lula está com 21%. Outro levantamento, produzido pela EXAME/IDEIA, apontou que, com 42%, o petista lidera o ranking de candidatos nos quais o eleitor não votaria de jeito nenhum. Ele é seguido por Bolsonaro, com 38%.
No dia seguinte ao ato de Fachin, quando acompanhou o julgamento do pedido de suspeição de Moro na 2ª Turma do STF, Bolsonaro teve uma reação mais esfuziante. Ao assistir o seu ex-ministro sendo fritado por integrantes da Corte, o presidente postou em seu Facebook uma imagem de Ricardo Lewandowski, indicado por Lula ao Supremo, proferindo o seu voto contra o ex-juiz da Lava-Jato. “Boa tarde a todos”, ironizou Bolsonaro. A um aliado, o presidente disse que “Moro já está morto” e que, se depender de seus inimigos em Brasília, “não conseguirá nem ser vereador de Curitiba”.
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