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Bolsonaro estuda lançar João Roma ao Governo da Bahia em 2022

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Corrida eleitoral baiana poderá ter três importantes disputando o Palácio de Ondina  |   Bnews - Divulgação Divulgação/ABr

Publicado em 19/03/2021, às 21h28   Henrique Brinco


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O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), entrou na lista de possibilidades de apoio do presidente Jair Bolsonaro para a eleição ao Governo da Bahia em 2022. A informação foi apurada junto a fontes do BNews. O líder máximo do Executivo precisará de um nome para representar o bolsonarismo em território local no próximo pleito.

O candidato natural de Bolsonaro deveria ser, em tese, ACM Neto (DEM). O ex-prefeito de Salvador, contudo, tem se distanciado cada vez mais do bolsonarismo diante da impopularidade do presidente no interior do estado. Além disso, há meses ele vem sinalizando uma possível dobradinha com o candidato virtual do PDT, Ciro Gomes. A aliança entre PDT e DEM na eleição de 2020 vencida pelo prefeito Bruno Reis (DEM), em Salvador, foi um forte sinal que os ventos sopram nesta direção.

Caso o cenário seja confirmado, a corrida eleitoral baiana poderá ter três importantes nomes disputando o Palácio de Ondina: Jaques Wagner pelo PT, dando palanque local a Lula (se realmente for candidato); Neto pelo DEM, dando palanque local a Ciro; e o próprio Roma, dando palanque a Bolsonaro.

A história chegou, inclusive, ao ex-prefeito ACM Neto - que teria reagido negativamente à possibilidade de concorrer contra o ex-aliado, segundo a mesma fonte. Procurado pelo BNews, Neto negou a informação. "Não tenho nenhum contato com o Presidente desde o ano passado", respondeu. Questionado, ainda, se conversou com Roma após a nomeação no ministério, Neto foi taxativo: "Nenhum contato".

Também procurado, o presidente do Republicanos, Márcio Marinho (Republicanos), reafirmou que não existe a possibilidade de a sigla na Bahia caminhar em outra chapa que não seja a de Neto. "Não teve esse convite. Não chegou para nós", sinalizou.

Resta saber se o próprio João Roma aceitaria esse arranjo para enfrentar o seu padrinho político. Procurado, ele não respondeu aos contatos da reportagem até a publicação.

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