Política

Ministro da Defesa foi demitido após recusar alinhamento das Forças Armadas com Bolsonaro; Comandantes das Forças Armadas podem sair

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Ministro anunciou sua saída nesta segunda-feira  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 29/03/2021, às 17h40   Redação BNews



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu o cargo do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, após ele ter recusado um alinhamento automático das Forças Armadas com o presidente. A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (29). 

Além de Azevedo e Silva, também podem entregar os cargos os comandantes do Exército, general Edson Pujol, da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez.

A segunda está sendo marcada por saídas no governo do presidente. Mais cedo, Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, anunciou sua saída do cargo, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também anunciou sua demissão. A jornalista Andréia Sadi, do G1, revelou que as saídas estão associadas com a vontade do presidente de realizar uma reorganização ministerial.

Em sua saída da Defesa, Azevedo e Silva destacou que em seu período como titular da pasta, as Forças Armadas foram preservadas como "instituições de Estado". O ministro da Casa Civil, Braga Netto, é apontado como o substituto de Azevedo e Silva no comando da pasta.

Além das saídas já confirmadas, Bolsonaro deve anunciar a demissão do ministro José Levi da chefia da Advocacia-Geral da União (AGU), e André Mendonça, ministro da Justiça é cotado para retornar ao cargo.

Levi deixaria o cargo após ter se recusado a assinar a ação que o presidente questionava a legitimidade dos governadores em decretar medidas restritivas contra o coronavírus. Posteriormente, a ação foi rejeitada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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