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Senador aliado de Bolsonaro consegue assinaturas para instalar CPI contra governadores e prefeitos

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Publicado em 12/04/2021, às 17h33   Redação BNews


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O senador Eduardo Girão (Podemos- CE), aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou ter conseguido na manhã desta segunda-feira (12) as 30 assinaturas necessárias para ampliar o escopo de atuação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, que deverá ser instalada pelo Senado, com a inclusão de prefeitos e governadores entre os alvos da investigação.

As informações são do blog Maquiavel, da revista Veja.

“Nós conseguimos o número suficiente de assinaturas para que a CPI seja ampla, independente e justa para investigar União, governadores e prefeitos”, disse Eduardo Girão. “Espero que a verdade venha à tona, quem está devendo vai ter que se justificar e quem errou vai ter que ser punido”, completou.

De acordo com a publicação, no requerimento é pedido uma CPI com sete metros titulares, prazo de 90 dias e limite orçamentário de 90 mil reais para que seja investigada irregularidades em contratos, fraudes em licitações, superfaturamento, desvio de recursos públicos e negócios com empresas de fachada. Além de outras ações ilícitas, que se valeram de verbas originadas da União, cometidas por administradores públicos municipais, estaduais e federais durante a pandemia. 

Até o momento, 33 senadores assinaram o pedido de CPI que adiciona Estados e municípios na investigação. Segundo a assessoria de Eduardo Girão, o número de assinaturas é maior que a de outro pedido apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE-AM). 

Kajuru

No final de semana, uma gravação divulgada pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) de uma conversa dele com Bolsonaro, mostra o presidente preocupado com a investigação e com a possibilidade de os senadores produzirem o que chamou de um “relatório sacana” contra o seu governo.

O presidente pede que governadores e prefeitos também sejam investigados, e que Kajuru pressione o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Com a determinação esdrúxula do STF invadindo a competência do Legislativo, governando o país, isso criou uma comoção nacional, as pessoas se indignaram e os senadores também. E ao invés de assinar a CPI de pessoas que pensam apenas na questão política e eleitoreira para 2022, porque se você foca apenas em um ente federado, você está focando em desgastar a imagem de apenas uma parte, que mandou centenas de bilhões de reais para estados e municípios”, disse Eduardo Girão.

A abertura da CPI da Covid-19 foi determinada na semana passada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas a decisão será ainda submetida ao plenário da Corte — o presidente do STF, Luiz Fux, incluiu o assunto como o primeiro item da pauta da sessão da próxima quarta-feira (14).

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