Política

Ex-secretário de Bolsonaro, Fabio Wajngarten diz que 'houve incompetência e ineficiência' no governo

Marcelo Camago / Agência Brasil
O ex-secretário de Comunicação da Presidência (Secom) Fábio Wajngarten, em entrevista à revista Veja, responsabilizou o Ministério da Saúde pelo atraso das vacinas e contou que o general Eduardo Pazuello foi demitido após rumores de que seria preso  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camago / Agência Brasil

Publicado em 23/04/2021, às 07h39   Redação BNews


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O ex-secretário de Comunicação da Presidência (Secom) Fábio Wajngarten, em entrevista à revista Veja, responsabilizou o Ministério da Saúde pelo atraso das vacinas e contou que o general Eduardo Pazuello foi demitido após rumores de que seria preso.

"Ouvi que havia essa possibilidade [de prisão]. Não sei se era fato ou especulação. Isso foi em fevereiro, dias antes da demissão do ministro da Saúde", pontuou.

Ele confirmou que, em meados do segundo semestre do ano passado, participou ativamente de esforços para viabilizar a compra da vacina da Pfizer. Wajngarten guarda e-mails, registros telefônicos, cópias de minutas do contrato e ainda afirma ter um rol de testemunhas do gabinete presidencial que podem comprovar tudo que está dizendo. O acordo não teria avançado por “incompetência” e “ineficiência” dos gestores do Ministério da Saúde comandados pelo general Eduardo Pazuello, também demitido do cargo no mês passado, depois de circularem rumores no Planalto sobre um suposto mandado de prisão que seria expedido contra ele.

"Incompetência e ineficiência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando uma negociação que envolve cifras milionárias e do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é isso que acontece", disse.

Na mesma medida em que critica o Ministério da Saúde, porém, Wajngarten poupa o presidente da República. Afirma que Bolsonaro sempre se preocupou com todos os lados da crise, especialmente na parte que se refere aos mais pobres, e sempre disse que compraria as vacinas quando elas fossem aprovadas pelos órgãos sanitários. O problema do presidente, segundo ele, são assessores que lhe repassariam informações erradas e distorcidas. Para o ex-secretário de Comunicação do Planalto, a pandemia pode ter impactos nas eleições de 2022.

"O presidente Bolsonaro está totalmente eximido de qualquer responsabilidade nesse sentido. Se as coisas não aconteceram, não foi por culpa do Planalto. Ele era abastecido com informações erradas, não sei se por dolo, incompetência ou as duas coisas. Diziam que a pandemia estava em declínio e que o número de mortes diminuiria muito até o fim do ano", ponderou.

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