Política

Aprovação de lei contra desigualdade salarial tornaria emprego 'quase impossível' para mulheres, diz Bolsonaro

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 23/04/2021, às 18h01   Redação BNews



,O presidente Jair Bolsonaro disse, na quinta-feira (22), que seria "quase impossível" que mulheres atuem no mercado de trabalho se sancionar a lei que aumenta a multa trabalhista para os chefes que pagam salários desiguais a homens e mulheres que possuem os mesmos cargos.

Aprovado no fim de março pelo Senado, o projeto de lei contra a desigualdade salarial faz com que o empregador pague multa se for verificada discrepância salarial entre o homem e a mulher. O valor  da multa, segundo o projeto, seria cinco vezes o valor da diferença salarial e kl1multiplicado pelo tempo que a funcionária estava contratada na empresa, com um limite de até cinco anos.

A Justiça trabalhista, conforme Bolsonaro, toma as decisões sempre em favor do empregado, por isso, se sancionar a lei, muitos empregadores não vão contratar mulheres por receio de serem enquadrados na lei.

"Qual a consequência disso (projeto de lei contra discriminação salarial) vetado ou sancionado? Vetado, vou ser massacrado. Sancionado, você acha que as mulheres vão ter mais facilidade de arranjar emprego ou não no mercado de trabalho. Vamos ver se eu sancionar como vai ser o mercado de trabalho para a mulher no futuro. É difícil para todo mundo, para a mulher é um pouco mais difícil. (Vamos ver) Se o emprego vai ser quase impossível ou não", disse o presidente.

A média salarial de mulheres é cerca de um quarto menor que a dos homens, segundo dados do IBGE. Na pandemia, elas ainda foram as mais afetadas pelo desemprego. 

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