PMDB quer se fortalecer na Câmara

Aliados nas eleições, o PMDB de Michel Temer deixou o PT de José Eduardo Dutra de fora do bloco partidário negociado com PR, PP, PTB e PSC na Câmara para a atuação conjunta para a próxima legislatura.

Com a aliança, o novo bloco contará com 202 deputados, segundo as lideranças dos cinco partidos. O PT, principal aliado do PMDB, não ainda não foi procurado para se juntar ao grupo parlamentar.

Semana passada, a Folha de São Paulo revelou a existência de revelou de um acordo entre as siglas para que nenhuma invada o território da outra na montagem do ministério da presidente eleita Dilma Rousseff (PT).

A estratégia liderada pelo líder Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) é isolar os petistas e fortalecer o PMDB para a disputa pela presidência da Câmara no ano que vem. O parlamentar não esconde a sua disposição de entrar na corrida pelo comando da Casa.

O PT também quer a vaga e candidato é o que não falta entre os petistas. No mínimo, quatro deles já revelaram a intenção de saírem candidatos. Pelo PT os nomes postos são Cândido Vaccarezza (SP), Marco Maia (RS), João Paulo Cunha (SP) e Arlindo Chinaglia (SP).

O deputado peemedebista negou que a formação do bloco na Câmara seja uma ofensiva contra o PT. Segundo ele, não é uma atitude de confronto nem de conflito. Henrique Eduardo diz que o seu objetivo é o entendimento.

Além da briga na Câmara, há um conflito sobre o ingresso do Senado no acordo entre os dois partidos. O PT quer incluir o Senado, o PMDB não. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-MA) diz que não é candidato à reeleição, mas já alertou que no senado vale o que está estabelecido no regimento. Ou seja, na Casa a maior bancada é que comandará.

No âmbito da montagem do governo, enquanto os partidos querem manter as suas atuais fatias nos ministério, o PT é contra e quer ampliar o seu espaço.