Política

CPI da Covid: Pazuello refuta “ministério paralelo” e se queixa de falta de diálogo com Bolsonaro e os filhos

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Agência Senado

Publicado em 19/05/2021, às 11h22   Victor Pinto


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O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pauzello, em seu depoimento na manhã desta quarta-feira (19) na CPI da Pandemia, negou prontamente a existência de orientações de um “assessoramento paralelo” ou “ministério paralela” em contraponto a atuação da pasta, conforme havia sido salientado por Luiz Henrique Mandetta, também durante oitiva no início do mês. 

“O presidente falava que assunto de saúde quem trata é o ministro Pazuello. Nunca, em nenhuma vez, eu fui chamado para ser orientado de forma diferente por aconselhamentos externos. Não quero dizer com isso que o presidente da República não ouça ou não levante dados ou não procure avaliar o que está acontecendo ao redor dele”, disse.

“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Agora, ele trazer de lá uma orientação contrária à orientação do ministério, isso nunca houve”, afirmou.

Em dado momento, Pazuello negou qualquer interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em sua atuação na pasta. Leva a crer o entendimento de que o chefe do Planalto concordava com sua atuação. 

“Nas conversas não havia convergência ou não convergência. O presidente da República nunca me deu ordem para fazer nada diferente que eu já estava fazendo. As minhas posições não eram contrapostas pelo presidente. As minhas posições como ministro e as minhas ações nunca foram contrapostas pelo presidente”, contou. 

Também lhe fora perguntado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) se os filhos deu presidente interferia, negou. “Da mesma forma que eu esperava conversar mais com o presidente, eu esperava conversar mais com os filhos do presidente”, disse.

Flávio Bolsonaro, presente na CPI desde a chegada de Pazuello, respondeu: “nós vamos nos falar mais”.

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