Política

Rui Costa pode turbinar PSB após rompimento com o PDT; entenda

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Deputados dissidentes negociam espaços com outras legendas  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 21/05/2021, às 16h52   Eliezer Santos e Henrique Brinco


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O PSB da Bahia pode registrar um crescimento expressivo nos próximos meses com a chegada de dissidentes do PDT, que rompeu com a base aliada do governador Rui Costa (PT). O BNews já vem informando que os parlamentares não estão nada satisfeitos com o arranjo e afirmam que esse movimento de saída é uma decisão isolada do presidente estadual, Félix Mendonça Júnior, que decidiu apoiar o grupo do ex-prefeito ACM Neto (DEM).

Para os deputados pedetistas, deixar o Palácio de Ondina significa correr sérios riscos na eleição de 2022. Sem o apoio da máquina estadual e com as coligações proibidas por causa da nova lei eleitoral, entende-se que o pleito seria extremamente tortuoso nesse cenário.

Fontes indicam que Rui quer turbinar os partidos aliados com os remanescentes da agremiação brizolista. E quem pode sair na vantagem é o PSB, que já foi agraciado nesta semana com a Secretaria de Agricultura (Seagri), agora comandada por João Carlos Oliveira. A pasta era anteriormente capitaneada por Lucas Costa, indicado por Félix.

O BNews apurou que os deputados do PDT têm, somados, cerca de 140 cargos no governo atualmente. A ideia do governador, além de manter o apoio dos deputados, é segurar os seus respectivos prefeitos para a caravana de Jaques Wagner (PT), candidato ao Governo do Estado no próximo ano. A reportagem confirmou que pelo menos dois nomes pedetistas estão no radar da sigla socialista: os deputados estaduais Roberto Carlos e Euclides Fernandes. Com o movimento, o PSB ficaria forte o suficiente para, por exemplo, pleitear mais uma secretaria. Resta saber se os correligionários aceitariam a chegada de Roberto Carlos, que tem grande capital eleitoral e pode ficar à frente de integrantes mais antigos.

Além disso, há a possibilidade de dissidentes do PDT decidirem caminhar ao lado de uma terceira via. Conforme já informado, o estadual Samuel Júnior e o federal Alex Santana podem, por exemplo, acabar tomando um caminho mais à direita e migrarem para uma legenda que pode fazer palanque para o presidente Jair Bolsonaro na Bahia em 2022. Os dois têm grande influência no segmento evangélico e maior liberdade de movimentação em qualquer direção.

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