Política

Rui Costa preserva indicações de deputados mesmo após rompimento com PDT na Bahia

Vagner Souza / BNews
Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 20/05/2021, às 17h55   Eliezer Santos


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Deputados do PDT tiveram seus espaços e indicações preservados no governo da Bahia mesmo após a saída oficial do partido da base do governador Rui Costa (PT). Os estaduais Samuel Júnior, Euclides Fernandes e Roberto Carlos, e o federal Alex Santana tomaram rumos diferentes da decisão de rompimento do presidente da sigla, Félix Mendonça Júnior – que já selou aliança com ACM Neto para 2022.  

“O governador não está na caça às bruxas. A conversa foi tirar o secretário [da Agricultura], mas manter os outros espaços. Quem achar que deve se manter no governo, o governador deixou livre”, disse Roberto Carlos ao BNews

Exonerado esta semana, Lucas Costa era indicação pessoal de Félix Júnior na Seagri, que agora está sob o comando de João Carlos Oliveira pela cota do PSB.

"Até então não existe rompimento dos deputados com o governo. É um movimento isolado do presidente do partido. Tivemos reunião com o governo semana passada e o governo deixou claro que não tem interesse de romper com os deputados. Dentro da conversa que tivemos, o próprio governo demostrou interesse em continuarmos na base. O que está arranhada é a relação do governo com o partido", afirmou Samuel Júnior no início da semana à reportagem.

Em dezembro do ano passado, Roberto Carlos conseguiu manter sob sua batuta o comando do Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), ao emplacar o genro Thales Dourado Moitinho Pinho como diretor-geral, após a saída de Randerson Leal, que também era seu apadrinhado. 

Entusiasta da candidatura do senador Jaques Wagner, Roberto Carlos diz não acreditar na parceria PDT-DEM porque os democratas não seriam fiéis no apoio.   

“O PDT está iludido achando que o DEM nacional vai votar em Ciro Gomes. Hoje nem sabemos se Ciro será candidato [...] tenho convicção que o DEM nacional não vai apoiar o projeto nacional do PDT”, analisou.

“Não sou profeta, pai de santo, nem adivinho, mas anote aí Neto não será candidato”, arrematou.

Novos abrigos

Espaços na capital e no interior fazem alguns dos parlamentares pedetistas pensarem em novos abrigos partidários para seguirem na base petista. Mas as mudanças só devem se concretizar em 2022 na próxima janela partidária. 

Roberto Carlos mantem conversa nos bastidores com pelo menos três legendas: PSB, Avante e PCdoB. “Não vou abrir nenhum tipo de discussão antes de saber o que vai acontecer”, disse à reportagem ao citar que é filiado há 30 anos à sigla brizolista. 

Nos bastidores, fontes apontam que Euclides Fernandes estaria em tratativas com o PSD, do senador Otto Alencar. Já Samuel Júnior e o seu parceiro de urna Alex Santana podem acabar tomando um caminho mais à direita ir migrarem para uma legenda que pode fazer palanque para o presidente Jair Bolsonaro na Bahia em 2022. 

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