Política

Comandante do Exército vive dilema no caso Pazuello

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ele reconhece que um general da ativa não poderia estar em um "palanque", mas que o seu cargo abre margem para uma "negociação"  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 28/05/2021, às 08h36   Redação BNews


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Paulo Sérgio Nogueira, comandante do Exército, está com um grande problema sob sua responsabilidade, chamado Eduardo Pazuello, o ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro.

Ele reconhece que um general da ativa não poderia estar em um "palanque", mas que o seu cargo abre margem para uma "negociação".

"A presença do Pazuello no palanque é algo inaceitável. Não há discussão sobre isso. Mas na hora de se aplicar uma punição, o comandante do Exército precisa ter um espaço de negociação. Ele não pode ajudar a escalar um conflito com o presidente da República. Assim como também tem que ser uma punição que dê contentamento ao Alto Comando do Exército", disee.

Já ficou claro para o Alto Comando do Exército que algum tipo de punição se faz necessária, para evitar uma "anarquia", nas palavras de outro general o vice-presidente Hamilton Mourão.

Nesta quinta-feira (27), Mourão (PRTB) afirmou que as Forças Armadas precisam se manter "apartidárias", inclusive pois há no Exército pessoas que não podem não apoiar o governo.

"A regra tem que ser aplicada para evitar que a anarquia se instaure dentro das Forças. Assim como tem gente que é simpática ao governo, tem gente que não é [...] Cada um tem que permanecer dentro da linha que as Forças Armadas têm que adotar. As Forças Armadas são apartidárias, não têm partido. O partido das Forças Armadas é o Brasil", analisou o vice-presidente.

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