Política
Publicado em 10/06/2021, às 12h49 Redação BNews
Testemunhas de defesa do deputado federal Daniel Silveira (PSL) no âmbito de uma das três ações por quebra de decoro que o parlamentar responde no Conselho de Ética da Câmara, o ex-vereador pelo PSC e major da reserva da Polícia Militar, Elitusalém de Freitas pode ter prejudicado ainda mais a vida do bolsonarista na última quarta-feira (9).
Durante sua participação no processo, segundo o jornal O Globo, Elitusalém chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de "grande violador da Constituição". Moraes é responsável por inquéritos contra apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e determinou a prisão de Silveira. Na avaliação dele, o ministro não aceita ser criticado e instaurou uma apuração que "não é da competência dele".
Sem citar nomes, Elitusalém se referiu a autoridades como “estrume” e declarou que alguns integrantes da CPI da Pandemia, que apura as ações e omissões do governo federal durante a crise sanitária da Covid-19, deveriam estar presos.
"Autoridades que se portam como um pedaço de estrume, a senhora, com todo respeito, não me entenda mal, têm que ser tratadas pelo nome. E aí a gente vê uma vergonha que este país está passando, inclusive nesta CPI aí, onde autoridades que têm condutas deploráveis, que deveriam estar presas, estão inquirindo pessoas e se portando como juízes morais de alguém, onde não têm moral nenhuma para falar", disse, se referindo à relatora do caso, deputada Rosa Neide (PT).
Assista a momento abaixo, a partir dos 16 minutos e 32 segundos da oitiva:
Também de acordo, na semana passada, outra testemunha de Daniel, o estudante de Direito João Daniel Silva, defendeu o gesto do deputado de quebrar uma placa com o nome de Marielle Franco, durante a campanha eleitoral de 2018. O estudante confrontou a relatora algumas vezes, e chegou a ser alertado pelo presidente do conselho, o baiano Paulo Azi (DEM).
"Daniel Silveira não era deputado quando quebrou magistralmente a placa da senhora Marielle Franco, não porque era a placa com o nome dela jamais. Respeitamos aqui todo e qualquer ser humano. Mas porque era uma placa falsa que estava ali sobre uma placa verdadeira no centro histórico do Rio de Janeiro", afirmou. A vereadora e seu motorista foram mortos em março de 2018. O crime ainda não foi solucionado.
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