Política

Caso Covaxin: Randolfe encaminha notícia-crime ao Supremo contra Bolsonaro

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O senador afirmou, no sábado (26), que iria protocolar uma notícia-crime contra o presidente depois que os irmãos Miranda depuseram na CPI  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 28/06/2021, às 17h30   Redação BNews


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O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou, nesta segunda-feira (28), uma notícia-crime, por prevaricação no caso da compra da vacina Covaxin, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Supremo Tribunal Federal (STF). 

"Protocolei no Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime por conta da grave denúncia envolvendo o presidente da República, de que não tomou nenhuma providência diante de ter sido noticiado a existência de um gigantesco esquema de corrupção existente no Ministério da Saúde", disse o parlamentar. 

"Prevaricação é crime exposto no Código Penal e, por isso, compreendemos a necessidade do Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República instaurarem um procedimento de investigação", afirmou.  

O senador afirmou, no sábado (26), que iria protocolar uma notícia-crime contra o presidente depois que os irmãos Miranda depuseram na CPI. O deputado federal Luis Cláudio Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, afirmaram que denunciaram a Bolsonaro as irregularidades no processo de aquisição da vacina Covaxin, da Índia. 

Segundo a CNN, o documento é assinado por Rodrigues, Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO). Os parlamentares afirmam que Bolsonaro sabia das suspeitas de esquema criminoso com a vacina Covaxin e de quem estaria envolvido nele. 

"Tudo indica que o Sr. Presidente da República, efetiva e deliberadamente, optou por não investigar o suposto esquema de corrupção levado a seu conhecimento pelo deputado federal Luis Miranda e por seu irmão", escreveram. "A motivação subjacente à sua inação, dados os fatos concretos até aqui delineados, não é relevante do ponto de vista do enquadramento penal de sua conduta, na medida em que a omissão ou se deu por envolvimento próprio no suposto esquema criminoso, ou por necessidade de blindagem dos amigos do Rei, numa nítida demonstração do patrimonialismo que ronda o atual Governo Federal", afirma o documento. 

O senador solicita que o STF estabeleça um prazo de 48 horas para que Bolsonaro responda ao tribunal se foi ou não informado sobre as denúncias reveladas pelos irmãos Miranda, se apontou que Ricardo Barros, líder do governo, era o “responsável pelo ilícito” e explique que medidas adotou no caso. 

Prorrogação da CPI

O senador Randolfe Rodrigues afirmou, ainda, já está buscando assinaturas para prorrogar a CPI da Pandemia.   

"[A prorrogação] é mais que necessária, sobretudo após o depoimento dos irmãos Miranda", falou. São necessárias 27 assinaturas para estender a investigação por mais 30, 60 ou 90 dias. 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta segunda (28), que não tem como saber o que acontece em todos os ministérios

A CPI vai ouvir os depoimentos do deputado estadual do Amazonas Fausto Júnior (PRTB), do empresário Carlos Wizard e do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, nesta semana. 

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