Política

CPI da Covid: Servidora responsável por fiscalizar contrato de vacinas nega ligação com Ricardo Barros

Jefferson Rudy/Agência Senado
Barros foi apontado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) como o nome citado pelo presidente Jair Bolsonaro na conversa que tiveram no dia de 20 de março  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 06/07/2021, às 11h48   Luiz Felipe Fernandez


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A servidora Regina Célia Oliveira, fiscal de contratos do Ministério da Saúde, afirmou em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta terça-feira (6) que não possui nenhuma "ligação" com o deputado federal Ricardo Barros (PP), líder do governo na Câmara dos Deputados.

Ele foi apontado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) como o nome citado pelo presidente Jair Bolsonaro na conversa que tiveram no dia de 20 de março, quando denunciou junto com o seu irmão as suspeitas de irregularidades na contratação da Covaxin. Barros seria um dos que estariam por trás da negociação pela vacina indiana contra a Covid-19.

"Não tenho ligação alguma, não conheço, só sei quem é porque é uma figura pública, mas eu não conheço", diz Regina, que foi nomeada para o cargo no mandato do ministro Marcelo Castro, no governo Dilma Roussef (PT). Ela demorou para se recordar sobre quem era o ministro em dezembro de 2016, quando foi alocada para outro cargo dentro da pasta, mas foi alertada pelo vice-presidente da CPI que tinha sido durante a gestão de Barros na Saúde, já no governo Temer.

Ela negou que tenha aprovado os valores envolvidos na contratação da Covaxin e somente autorizou uma mudança na previsão da entrega da quantidade de doses estabelecidas pela Bharat Biotech. 

"O contrato foi feito para 20 milhões de doses em parcelas que findariam em maio, mas me foi solicitado entregar 1 milhão das 4 milhões iniciais, na parcela seguinte. Não houve alteração no contrato ou nas doses contratadas", justificou, ao responder que também não autorizou a extensão do prazo das doses.

"Não autorizei, somente autorizo o quantitativo a ser embarcado no primeiro momento. A alteração de parcelas a serem entregues podem acontecer no caso de vacinas, pois pode acontecer alguma intercorrência na produção do lote e neste caso a empresa solicita permissão para entregar um quantitativo menor, se comprometendo a compensar no lote seguinte", completou.

Regina garantiu ainda que não relacionou o fato da Precisa Medicamentos e a Global serem, na prática, a mesma empresa. "Não associei".

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