Política

Jacó diz que governo e movimentos tem diálogo e que confronto com a polícia foi situação "isolada"

Dinaldo Silva / BNews
Bnews - Divulgação Dinaldo Silva / BNews

Publicado em 13/07/2021, às 10h11   Luiz Felipe Fernandez e Marcos Maia



O deputado estadual Jacó (PT) avalia que os movimentos sociais baianos tem diálogo aberto com Governo do Estado, e que o confronto protagonizado por manifestantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e policiais da Casa Militar em frente a governadoria na última segunda-feira (12) foi uma situação isolada.

"O que aconteceu foi um ato isolado. O companheiro se exaltou. A segurança também teve de agir, pois o espaço também precisa ser preservado. É o prédio que o governador do estado despacha e trabalha. Faz parte da labuta e do aprendizado", opinou ao BNews na manhã desta nesta terça-feira (13). 

Na avaliação de Jacó, existe uma pressão social "muito grande" quando o tema é direito a moradia, e ponderou que , embora os movimentos e o Executivo Estadual dialoguem, "às vezes", "acontecem excessos". Para ele, a "necessidade” e o “desespero" fazem com que as pessoas "percam o controle".

O parlamentar ainda acrescentou que a pauta da moradia precisa ser "reparada pela sociedade".

"A situação do morador de rua é uma situação delicada. Infelizmente existem uma demanda reprimida gigantesca. As pessoas demandam por moradia e infelizmente as políticas públicas para moradia popular em nosso País deixaram de existir", avaliou, acrescentando que tais políticas precisam ser retomadas. 

Caso Alden

Questionado sobre a tramitação do processo contra o também deputado estadual  Capitão Alden (PSL), que tramita no conselho de ética da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Jacó demonstrou cautela, mas avaliou que, "do ponto de vista político", a situação do bolsonarista é "delicada".

Em uma transmissão ao vivo, realizada em suas redes sociais em abril, Alden afirmou que  deputados de oposição recebiam R$ 1,6 milhão da Prefeitura de Salvador. Na última quarta (7), ele prestou depoimento ao Conselho de Ética e voltou a pedir desculpas aos colegas.

Na ocasião, ele também disse que não teve a intenção de sugerir corrupção dos colegas de oposição, que se reuniram para apresentar denúncia ao colegiado. "Foram os próprios companheiros dele que fizeram a denúncia, prestaram a queixa. Agora é aguardar para ver o que vai acontecer", concluiu Jacó.

O processo pode culminar na cassação de Alden, algo até o momento inédito na história do Legislativo estadual. Jacó ponderou também que assim como todos na AL-BA, o bolsonarista foi eleito pelo voto popular e que o debate acerca do episódio precisa ser institucional e não entrar no campo pessoal. 

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