Política

Olívia Santana atribui crise cubana à restrição dos EUA: 'Devem tirar os pés de Cuba'

Dinaldo Silva/ Bnews
Milhares de cubanos saíram às ruas contra o governo  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/ Bnews

Publicado em 13/07/2021, às 10h13   Luiz F. Fernandez e Nilson Marinho


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A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) comentou nesta segunda-feira (13) a onda de protestos em Cuba. Desde o domingo (11), milhares de cubanos saíram às ruas de várias cidades da ilha para protestar contra o governo. O protesto já é considerado o maior da história recente no país conhecido por reprimir aqueles contrários ao regime.

Na opinião da deputada, a insatisfação dos cubanos com a situação econômica tem relação com os embargos comerciais impostos pelos Estados Unidos que dificultam inclusive o processo de vacinação contra a Covid-19, outra pauta levantada pela população durante os atos.

"Acho que o maior avanço que deve acontecer é os Estados Unidos tirarem os pés de Cuba e acabar com esse embargo vergonhoso, violento e agressivo, principalmente neste momento de pandemia. A população está protestando porque quer vacinas, o embargo impede que Cuba possa comercializar livremente com os demais países. O que acontece em Cuba deve ser compreendido não apenas com uma versão, de uma visão anti-socialista que sempre prevaleceu na imprensa brasileira", disse Olívia.

A visão da deputada se assemelha a do presidente cubano Miguel Díaz-Canel que atribuiu a atual crise que atravessa a ilha ao embargo americano. Em um pronunciamento feito na TV nacional ele convocou seus apoiadores a tomarem as ruas para "confrontar" os manifestantes.

"Espero que o povo cubano encontre o seu próprio caminho porque os países do Caribe não podem continuar sofrendo por conta de uma ordem mundial injusta e manipuladora. Até a ONU condenou esse embargo, na gestão de Obama houve uma flexibilização, na época de Trump houve um retrocesso e, agora, Biden não fez nada para amenizar essa situação. Também vemos a situação do Haiti que sofre com a manipulação e agressões de uma política nefasta. O Haiti é um país capitalista e sofre agressões absurdas. É preciso estabelecer uma nova ordem mundial que seja referenciada na soberania, respeito aos povos e na autonomia socioeconômica", completou Olívia. 

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