Política

Vice-presidente da CPI da pandemia, Randolfe protocola queixa-crime no STF contra Bolsonaro por difamação  

Leopoldo Silva/Agência Senado
Presidente publicou um vídeo nas redes sociais associando o senador às negociações pela aquisição do imunizante Covaxin, da Índia  |   Bnews - Divulgação Leopoldo Silva/Agência Senado

Publicado em 20/07/2021, às 19h05   Redação BNews


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Vice-presidente da CPI da Pandemia, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou uma queixa-crime, nesta terça-feira (20), ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro por difamação. O chefe do Executivo publicou um vídeo nas redes sociais associando o senador às negociações pela aquisição do imunizante Covaxin, da Índia.

As supostas irregularidades no contrato de compra da Covaxin, associadas ao Ministério da Saúde, são investigadas pela CPI e pela Polícia Federal. 

Nas redes sociais, o presidente publicou um vídeo em que o senador cobra mais agilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorizar a utilização da vacina Covaxin e Sputnik no Brasil. Segundo a CNN, Bolsonaro disse que Randolfe queria comprar o imunizante indiano sem licitação e sem a certificação da Anvisa e ainda “negociou, em 05/abril/2021, até mesmo a quantidade de vacinas: 20 milhões”. 

Nos vídeos divulgados, Bolsonaro ainda afirma que Randolfe, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o deputado Renildo Calheiros (MDB-AL), irmão do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), “via emendas, tudo fizeram para que governadores e prefeitos pudessem comprar as vacinas a qualquer preço, com o Presidente da República pagando a conta, obviamente”.

Ainda de acordo com a CNN, a defesa do vice-presidente da CPI afirma que a responsabilidade de atuar na compra das vacinas é do Ministério da Saúde. “Para além de quaisquer justificativas para a inexistência de qualquer capacidade do Querelante [Randolfe] de influir nos rumos da contratação, uma é bastante caricata: o Querelante, por ser ferrenho opositor ao Governo Federal, não tem qualquer espécie de trânsito no Palácio do Planalto ou no Ministério da Saúde – o atual Presidente da República inclusive já desferiu agressões físicas contra o Querelante”, afirma a queixa-crime.

A defesa do senador pede que o STF tome uma decisão liminar para que os vídeos sejam excluídos em até doze horas após a intimação< Além disso, a queixa-crime pede que Bolsonaro faça uma retratação e afirma que são “falsas as alegações de que o Senador Randolfe Rodrigues queria comprar a vacina Covaxin sem licitação e sem a certificação da ANVISA e que negociou a quantidade de vacinas”. Randolfe ainda quer que o presidente pague 35.000 reais para ele, que doará o valor para pessoas em situação de a serem revertidos a pessoas em situação de vulnerabilidade.

Veja o vídeo que Bolsonaro publicou: 

Classificação Indicativa: Livre

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