Política

Partido que ficar de fora da majoritária deve ter prioridade na disputa pela Alba, defende Lídice da Mata

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Atualmente, a vice-governadoria é do PP, de João Leão, enquanto a presidência da Casa está sob o comando de Adolfo Menezes, do PSD  |   Bnews - Divulgação João Brandão/BNews

Publicado em 23/07/2021, às 12h15   João Brandão* e Luiz Felipe Fernandez


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Acomodar os partidos da base aliada sem insatisfações é um desafio do PT para o próximo ano. Com a provável candidatura de Jaques Wagner (PT) ao Governo da Bahia, PP, PSB e PSD se dividem nos espaços que cercam o Palácio de Ondina. Para Lídice da Mata, deputada federal e ex-senadora, em um cenário de incerteza a decisão mais justa seria resguardar a candidatura à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) ao partido que não compor a chapa majoritária.

Atualmente, a vice-governadoria é do PP, de João Leão, enquanto a presidência da Casa está sob o comando de Adolfo Menezes, do PSD. Lídice, no entanto, diz que a prioridade do partido é aumentar a bancada, tanto na Alba quanto na Câmara Federal.

"Acho que o PSB pode significar um acréscimo de valor à chapa, sim, mas não estamos preocupados nem discutindo isso, não acho que devemos fazer campanha para ser vice. Nossa estratégia está sendo montada para reeleger deputados e crescer [...] se o PSB não está na chapa majoritária, defendemos que na primeira eleição o partido seja proritariamente a ser apoiado", afirmou em conversa com jornalistas na manhã desta sexta-feira (23).

Ex-prefeita de Salvador, Lídice rejeitou qualquer sentimento de "dívida" do governador Rui Costa (PT) com ela devido à estratégia adotada na última eleição ao Senado, quando a base preferiu lançar Angelo Coronel (PSD) ao invés de apostar na reeleição da parlamentar do PSB.

"Não é compra e venda, estamos em um espaço da política, de negociação, do debate político e incorporação de valores. Isso que o PSB defende", assegurou.

GOVERNO BOLSONARO

Com quase duas décadas de vida na política, Lídice acredita que a nomeação de Ciro Nogueira (PP) ao Ministério da Casa Civil pode "ajudar" o governo Bolsonaro a não ser deposto, mas será incapaz de reverter a queda de popularidade.

"Se o PP quer se abraçar a isso, é um problema do PP", resumiu.

*O repórter viajou para Itaberaba a convite do Governo do Estado

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