Wagner diz que Ciro Nogueira perde com indicação à Casa Civil de Bolsonaro: "Vai sair no prejuízo"

O senador Jaques Wagner (PT) não acredita que a força de Ciro Nogueira (PP), provável futuro ministro da Casa Civil, no Nordeste, não será suficiente para mudar a avaliação do presidente Jair Bolsonaro na região. Pelo contrário, avalia o petista, é mais fácil que o senador saia "no prejuízo" com essa relação que se torna cada vez mais próxima. 

"Quem vai sair no prejuízo nessa história é o próprio Ciro Nogueira. Ele vai colar o nome dele com o presidente que tem rejeição muito grande no Nordeste, sobretudo no Piauí", diz o ex-ministro, que lembra que o pepista é um dos prováveis candidatos ao governo no estado, que hoje tem como líder do Executivo o petista Wellington Dias.

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"Ele pretende disputar a cadeira de governador do Piauí já tendo como oposição Wellington Dias, que é muito bem avaliado. Ele desfilando com o atual presidente, deve dar um pouco de lucro para Bolsonaro e muito prejuízo a ele", concluiu, em conversa com jornalistas durante a inauguração da 20ª Policlínica Regional de Saúde em Itaberaba.

Na visão de Wagner, a costura nacional do PP não interfere na relação do partido na Bahia, que tem João Leão (PP) como vice de Rui Costa (PT). Segundo o ex-ministro, a perspectiva é de que o PT consiga manter a sua base de apoio, e reforça que é preciso aguardar até 2022 para ver como o PP vai se comportar: se vai fechar o apoio a Bolsonaro ou dar "liberdade" aos correligionários.

Governador da Bahia por dois mandatos, Jaques Wagner voltou a minimizar o resultado das pesquisas de intenções de voto para a disputa do Palácio de Ondina. Questionado sobre o último levantamento divulgado pela Record TV Itapoan, em que aparece com 27% da preferência dos entrevistados contra 41% do ex-prefeito ACM Neto, o petista disse que ainda é cedo para fazer projeções.

"Acho que quem se animar com pesquisa agora é passível de erro", avalia.

*O repórter viajou para Itaberaba a convite do Governo do Estado