Política

Carlos Bolsonaro negociou programa de espionagem para monitorar computadores do Planalto

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Bnews - Divulgação Reprodução/CMRJ

Publicado em 03/08/2021, às 07h46   Redação BNews


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O vereador Carlos Bolsonaro tentou trazer outra ferramenta de espionagem para o Brasil, também importada de Israel, ainda antes de negociar o Pégasus, desenvolvido pela NSO Group. A informação foi confirmada de acordo uma fonte ligada ao Gabinete de Segurança Internacional (GSI) e também por um ex-representante da empresa responsável por criar o programa batizado e Sherlock.

Ele seria utilizado para monitorar o próprio governo, instalado em computadores e notebooks. O filho do presidente da República teria tratado do sistema na sua primeira viagem a Israel, ainda em 2019, com a comitiva presidencial. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), antigo líder do governo flagrado com dinheiro em sua roupa íntima pela Polícia Federal, fez o contato direto com representantes em Tel Aviv, com ajuda de um tradutor.

Em abril, Chico destacou que a viagem ao país foi para "promover a cooperação" entre os países nas áreas de segurança pública e Defesa, já que Israel é uma referência mundial na área.

COMO FUNCIONA

O programa Sherlock invade o sistema operacional dos computadores através de uma falha no Windows, utilizado pelo governo. Segundo informações do UOL, diferente do Pégasus ele não seria voltado para fiscalizar jornalistas e opositores, mas sim como uma ferramenta de controle interno, uma forma de evitar surpresas desagradáveis contra Bolsonaro.

Uma vantagem do sistema é que ele é facilmente manuseado, visto que basta plugar o pen drive em qualquer máquina que ele já inicia a operação. Como os computadores da sede da Presidência da República são conectados por um cabo, facilmente poderia invadir todo o sistema.

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