Política
Publicado em 20/09/2021, às 09h26 Redação Bnews
A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) pediu à Procuradoria-Geral da República que investigue as circunstâncias em que ocorreram as 200 mortes registradas em estudo conduzido com um medicamento contra a Covid-19 defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As informações são da coluna de Malu Gaspar, do O Globo.
Entre as irregularidades denunciadas pelo órgão no último dia 3, está o uso do proxalutamida em um estudo realizado no Amazonas. O ensaio clínico aconteceu em diversas cidades amazonenses sob a liderança do endocrinologista Flávio Cadegiani. O remédio é um bloqueador hormonal usado em caráter experimental em todo o mundo.
A proxalutamida ganhou evidência no Brasil após o grupo responsável pelo estudo anunciar uma redução de 92% no número de mortes de pacientes graves da Covid-19. Mas o que a Comissão de Ética questiona é a quantidade expressiva de pessoas que morreram durante o uso do remédio considerado "promissor". Outro fato que chama atenção é o porquê do estudo não ter sido suspenso quando foi identificado o primeiro óbito.
Ainda de acordo com a coluna, no histórico apresentado à PGR, o coordenador da Conep, Jorge Venâncio, diz que inicialmente foram reportadas 170 mortes no ensaio clínico. Após uma emenda, esse número passou para 200. “Não é possível descartar a possibilidade de morte provocada por toxicidade medicamentosa ou por procedimentos da pesquisa”, disse.
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